CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1673196
E-Poster – Vascular
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Identificação de fatores prognósticos na evolução clínica da hemorragia subaracnoide espontânea aneurismática

Gercivan dos Santos Alves
1   Hospital da Restauração
2   Universidade de Pernambuco
3   Universidade Federal da Paraíba
,
Maria Carolina Neiva Mendonça
1   Hospital da Restauração
2   Universidade de Pernambuco
3   Universidade Federal da Paraíba
,
Gabriela Lisbôa de Souza Ferraz
1   Hospital da Restauração
2   Universidade de Pernambuco
3   Universidade Federal da Paraíba
,
Luiz Severo Bem Junior
1   Hospital da Restauração
2   Universidade de Pernambuco
3   Universidade Federal da Paraíba
,
Delson Culembe Baptista André
1   Hospital da Restauração
2   Universidade de Pernambuco
3   Universidade Federal da Paraíba
,
Claudionor Segundo
1   Hospital da Restauração
2   Universidade de Pernambuco
3   Universidade Federal da Paraíba
,
Hildo Rocha Cirne de Azevedo Filho
1   Hospital da Restauração
2   Universidade de Pernambuco
3   Universidade Federal da Paraíba
,
Luisa Leite Monte
1   Hospital da Restauração
2   Universidade de Pernambuco
3   Universidade Federal da Paraíba
,
Luan Fernandes Gonçalves de Oliveira
1   Hospital da Restauração
2   Universidade de Pernambuco
3   Universidade Federal da Paraíba
› Author Affiliations
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: A Hemorragia Subaracnóide Aneurismática (HSAA) é um evento clínico grave que se caracteriza por ruptura e sangramento de um aneurisma cerebral. A idade média de ocorrência da Hemorragia Subaracnóide está entre 50 a 52,6 anos. A HSAA é mais frequente no gênero feminino em todas as idades com 11,2 por 100.000 mulheres e de 8,0 por 100.000 homens. Vários fatores parecem influenciar o resultado final destes pacientes, destacando, uma das principais, a gravidade do sangramento inicial, a idade do paciente e a situação de clínica do mesmo.

Objetivo: Análise de variáveis clínicas e laboratoriais como fatores prognósticos.

Métodos: Estudo realizado no Hospital da Restauração (HR) em Recife-PE. Trata-se de um estudo longitudinal coorte dos pacientes admitidos com HSAA no HR – Serviço Neurocirúrgico de Referência, confirmada por Arteriografia Digital ou Angiografia por Tomografia Computadorizada. Incluídos pacientes adultos (≥ 18 anos) e excluídos casos em que há ausência de aneurisma cerebral nos exames de imagem; pacientes gestantes; portadores de doença oncológica; pacientes em tratamento com uso de hormônios, anabolizantes, corticoesteroides ou anticoagulantes.

Resultados: Ao analisarmos aleatoriamente 10 pacientes que se enquadraram nos critérios da nossa pesquisa, constatamos que 80% eram do sexo feminino, consequentemente, 20% homens. Notamos 30% com idade inferior a 50 anos e 70% com idade ≥50 anos. Quanto à Escala de Fisher, foram encontrados 40% grau IV, 50% grau III e 10% grau I. Apenas 20% apresentou Colesterol Total elevado, 60% com HDL abaixo e LDL acima dos valores de referência. Analisando os triglicerídeos, encontramos 50% com valores elevados em relação ao previsto. Verificando a parte hormonal tireoidiana, constatamos que apenas 10% se encontrou abaixo do valor previsto e a totalidade dos pacientes em análise apresentou valores da fração livre T4 dentro dos padrões da normalidade. Por fim, 30% dos pacientes foram tratados por meio de Embolização e 70% através de Clipagem Aneurismática.

Conclusão: A análise de fatores laboratoriais e epidemiológicos permite correlacionar um pior desfecho clínico em pacientes que apresentam co-morbidades associadas e traçar condutas direcionadas a um menor ou maior risco de sangramento devido à classificação de Fisher inicial, ao método de escolha na terapêutica cirúrgica, bem como na prevenção de complicações devido à síndrome metabólica dos pacientes em estudo.