CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1673187
E-Poster – Vascular
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Flow diverters no tratamento dos aneurismas da artéria pericalosa – revisão retrospectiva de três centros de referência no Brasil e na França

Luiz Gustavo de Abreu Mattos
1   Limoges University Hospital
2   Hospital Santa Lucia – Brasília
3   Hospital Vera Cruz – Campinas
,
Victor Hugo Espindola Ala
1   Limoges University Hospital
2   Hospital Santa Lucia – Brasília
3   Hospital Vera Cruz – Campinas
,
Aymeric Rouchaud
1   Limoges University Hospital
2   Hospital Santa Lucia – Brasília
3   Hospital Vera Cruz – Campinas
,
Suzana Saleme
1   Limoges University Hospital
2   Hospital Santa Lucia – Brasília
3   Hospital Vera Cruz – Campinas
,
Fernando Diogo Barbosa
1   Limoges University Hospital
2   Hospital Santa Lucia – Brasília
3   Hospital Vera Cruz – Campinas
,
Leonardo de Deus Silva
1   Limoges University Hospital
2   Hospital Santa Lucia – Brasília
3   Hospital Vera Cruz – Campinas
,
Charbel Mounayer
1   Limoges University Hospital
2   Hospital Santa Lucia – Brasília
3   Hospital Vera Cruz – Campinas
› Author Affiliations
Further Information

Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: Os aneurismas distais ao complexo comunicante anterior são comumente chamados de aneurismas da artéria pericalosa (AAP) e representam de 2 a 9% dos aneurismas da circulação anterior. O tratamento microcirúrgico ou endovascualar dos APP difere dos demais aneurisma da circulação anterior devido a sua localização distal e medial. A embolização dos AAP é classicamente realizada por técnica simples (coil), sendo a utilização de flow diverters (FDs) pouco relatada. Objetivo: Avaliar elegibilidade e segurança da utilização dos FDs no tratamento dos AAP.

Método: Revisão retrospectiva dos pacientes com AAP tratados com FDs em 03 centros de referência em neurorradiologia (02 no Brasil e 01 na França).

Resultados: No período de junho de 2011 a abril de 2018, 12 pacientes com 12 AAP foram tratados com FDs em 03 centros de referência em neurorradiologia no Brasil (02) e na França (01). A idade média dos pacientes foi de 53,6 anos, 07 (58%) masculino e 5 (42%) femininos. Os AAP não possuíam história de ruptura recente, sendo 07 (58%) a direita e 05 (42%) a esquerda, e diâmetro médio de 3mm (2–8). Todos os pacientes receberam dupla antiagregação (AAS + Clopidogrel ou AAS + Ticagrelor) antes e pelo menos 3 meses após o procedimento. Os 12 AAP foram tratados com FDs, implantados por técnica convencional e sob anestesia geral. Foram utilizados 08 (67%) Pipeline, 03 (25%) FRED Jr e 01 (8%) SILK, com apenas 02 complicações diretamente relacionadas ao procedimento, nenhum óbito foi observado durante todo o follow-up. Apenas 01 (8%) complicação teve repercussão clínica, isquemia distal do território da artéria cerebral anterior ipsilateral, com hemiparesia esquerda e mRS 2 em 06 meses. No momento, 06 pacientes apresentam controle angiográfico, desses, 05 com exclusão total da lesão.

Conclusão: A utilização do FDs no tratamento dos aneurismas da artéria pericalosa é factível e seguro, devendo ser considerado como alternativa nos AAP não rotos. Os resultados iniciais evidenciam altas taxas de oclusão e baixos índices de complicações.