CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1673124
E-Poster – Vascular
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Os avanços da trombectomia endovascular no tratamento de acidente vascular cerebral

Sâmia Israele Braz do Nascimento
1   Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte – Estácio/FMJ
2   Faculdade Santa Maria
,
Bruno da Silva Alexandre
1   Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte – Estácio/FMJ
2   Faculdade Santa Maria
,
Bruna Karoline de Freitas Silva
1   Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte – Estácio/FMJ
2   Faculdade Santa Maria
,
Evilto do Nascimento Correia Junior
1   Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte – Estácio/FMJ
2   Faculdade Santa Maria
,
Phablo Wemeson Figueiredo De Souza
1   Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte – Estácio/FMJ
2   Faculdade Santa Maria
,
Laudionor Macedo Cruz Neto
1   Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte – Estácio/FMJ
2   Faculdade Santa Maria
,
Ana Beatriz Vieira Da Cunha Lopes
1   Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte – Estácio/FMJ
2   Faculdade Santa Maria
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: Entre os 58 milhões de mortes por ano em todo o mundo, 5,7 milhões foram causados por acidente vascular cerebral. Portanto, esta entidade clínica foi a segunda causa de morte mais comum, responsável por 10% de todos mortes no mundo. Até recentemente, a alteplase intravenosa era a única terapia de reperfusão para acidente vascular cerebral isquêmico. Contudo, os ensaios randomizados de trombectomia têm demonstrado superioridade clínica da terapia endovascular sobre a trombólise com alteplase intravenosa (rtpa) isolada.

Objetivos: Analisar o desfecho clínico de pacientes vítimas de acidente vascular cerebral tratados com trombectomia endovascular em relação à trombólise endovenosa; avaliar os benefícios clínicos da trombectomia e suas principais indicações terapêuticas.

Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática realizada conforme o protocolo PRISMA. Foi guiada pelo acrônimo PICO: P (população), I (intervenção), C (controle), O (desfecho) a partir da pergunta-norteadora: “Qual o desfecho clínico de pacientes com acidente vascular cerebral submetidos à trombectomia endovascular em relação a trombólise endovenosa isolada?”. A amostra final é composta por 26 periódicos selecionados conforme os critérios de inclusão e exclusão. Foram obtidos nas bases de dados PUBMED e SCOPUS. A equação de busca foi: (“stroke” AND “thrombectomy” AND “thrombolytic therapy”).

Resultados: A trombectomia para pacientes com grande oclusão intracraniana de vaso, por meio de dispositivos de aspiração, é seguro e valioso, atingindo uma taxa de revascularização de sucesso de 93,5%. Esse resultado foi constantemente detectado mesmo quando os pacientes tratados com trombectomia foram comparados com pacientes tratados com rtpa intravenoso sozinho. As técnicas endovasculares como a trombectomia mecânica é um dos métodos terapêuticos mais viáveis e pode melhorar os resultados clínicos comparados com a trombólise endovenosa, além de apresentar maiores taxas de melhora neurológica precoce. Quanto à mortalidade, foram observadas taxas comparáveis com a direção de efeito favorecendo a trombectomia de aspiração, com 12% de mortalidade, enquanto a terapia trombolítica apresentou 24%.

Conclusão: Em síntese, pacientes tratados com trombectomia teve uma taxa mais significativa de recanalização quando comparados aos pacientes tratados com a trombólise endovenosa. A aspiração local pode desempenhar um papel importante quando usado com dispositivos stents para trombectomia.