CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1673116
E-Poster – Vascular
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Cavernoma paraselar – relato de caso

Bruna Dias Rocha
1   Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer
,
Fernando Antônio Wanderley Nobre
1   Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer
,
Matheus Assunção Souza Fernandes
1   Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer
,
Pedro Góes
1   Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer
,
Daniel Dutra Cavalcanti
1   Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer
,
Paulo Niemeyer Filho
1   Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer
,
Leila Chimelli
1   Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer
› Author Affiliations
Further Information

Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: Os cavernomas, ou hemangiomas cavernosos, são malformações vasculares de baixa prevalência, atingindo menos de 1% da população em geral. Sua localização no sistema nervoso central é o fator determinante para a manifestação clínica.

Método: Analisados 52 casos de cavernomas da nossa instituição, num período de janeiro/2014 até maio/2018, relatamos caso de topografia paraselar, mimetizando adenoma hipofisário, com raros relatos na literatura mundial. Trata-se de paciente feminina, 47 anos, que iniciou no ano de 2014 quadro de galactorreia e hiperprolactinemia que persistiu durante um ano e se intensificou nos últimos três meses, mesmo em uso de cabergolina, quando encaminhada ao Serviço de Neuroendocrinologia da nossa instituição.

Resultado: Exames de imagem evidenciaram lesão paraselar à esquerda, medindo 1,1x1,9x1,4cm. Submetida à abordagem microcirúrgica, sem intercorrências. Em acompanhamento no pós-operatório, a paciente apresentou melhora da galactorreia e dos parâmetros laboratoriais de hiperprolactinemia. O laudo histopatológico definiu a lesão como hemangioma cavernoso, raramente relatado nessa topografia.

Conclusão: Cavernomas são, portanto, lesões que devem ser consideradas dentre os diagnósticos diferenciais, independente da topografia, especialmente por se tratarem de lesões benignas curáveis com ressecção cirúrgica.