CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1673094
E-Poster – Trauma
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Trauma penetrante de crânio por faca sem sequelas no pós-operatório: um relato de caso

Stephanie Ramos de Farias
1   Hospital Universitário Getúlio Vargas
2   Universidade Federal do Amazonas
,
Mylena Miki Lopes Ideta
1   Hospital Universitário Getúlio Vargas
2   Universidade Federal do Amazonas
,
Ingrid Soani Amaral do Couto
1   Hospital Universitário Getúlio Vargas
2   Universidade Federal do Amazonas
,
Marcos Robert da Silva Souza
1   Hospital Universitário Getúlio Vargas
2   Universidade Federal do Amazonas
,
Alcimar Lavareda da Silva Santos Junior
1   Hospital Universitário Getúlio Vargas
2   Universidade Federal do Amazonas
,
Rodrigo Viana Martins
1   Hospital Universitário Getúlio Vargas
2   Universidade Federal do Amazonas
,
Wander da Silva Ferreira
1   Hospital Universitário Getúlio Vargas
2   Universidade Federal do Amazonas
,
Robson Luis Oliveira de Amorim
1   Hospital Universitário Getúlio Vargas
2   Universidade Federal do Amazonas
,
Moysés Isaac Cohen
1   Hospital Universitário Getúlio Vargas
2   Universidade Federal do Amazonas
› Author Affiliations
Further Information

Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: A.L.F., sexo masculino, 24 anos, se apresentou no Pronto-Socorro, vítima de agressão física passional com trauma penetrante de crânio por arma branca (faca). Na admissão apresentava pontuação 15 na Escala de Coma de Glasgow (ECG), sem déficits motores ou sensitivos e sem distúrbios da linguagem. Na Tomografia Computadorizada (TC) de crânio foi identificado objeto metálico penetrante, lateralmente à órbita, com trajeto tangencial ao lobo temporal associada a pequena contusão cerebral.

Método: Procedeu-se ao tratamento neurocirúrgico com craniectomia para retirada de arma branca, correção de fistula liquórica e debridamento da ferida operatória. O objeto foi retirado de forma completa durante ato cirúrgico. No pós-operatório, o paciente permaneceu sem déficits motores ou sensitivos e sem distúrbios da linguagem. Casos de lesões penetrantes desse tipo são raros, uma vez que a calota craniana de indivíduos adultos oferece uma barreira efetiva nesse tipo de trauma. Na maioria dos casos, os pacientes apresentam-se sem déficits no atendimento inicial, o que pode levar ao tratamento inadequado na admissão e, consequentemente, extensão da lesão.

Conclusão: Dessa forma, torna-se imprescindível o tratamento precoce e agressivo no recebimento desses casos, iniciado com a realização de exame de imagem devido ao risco de lesão encefálica secundária.