CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1673077
E-Poster – Trauma
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Tratamento das fraturas de crânio envolvendo a parede posterior do seio frontal: análise de uma coorte de pacientes tratadas em mesma instituição.

Leonardo Augusto Wendling Henriques
1   Unimed Belo Horizonte
,
Marcus Vinicius Reis de Oliveira
1   Unimed Belo Horizonte
,
Bruno Victor da Costa
1   Unimed Belo Horizonte
,
Luis Fernando Barbosa Moraes
1   Unimed Belo Horizonte
,
Jair Leopoldo Raso
1   Unimed Belo Horizonte
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: A maioria das fraturas de seio frontal é provocada por acidente automobilístico e incide em grande parte sobre a população jovem do sexo masculino. O tratamento desse tipo de fratura tem grande importância já que o seio frontal tem relação anatômica com estruturas nobres como cérebro e órbita. O tratamento da fratura da parede posterior do seio frontal permanece controverso. Entretanto, muitos neurocirurgiões preferem uma abordagem cirúrgica com cranialização do seio na presença de fratura com depressão na parede posterior do seio ou com lesão no ducto nasofrontal. Durante esse tipo de cirurgia é retirada a mucosa do seio frontal, a tábua interna e oclusão do seio. Se a tábua interna for acometida, a presença de lesão dural concomitante é frequente. Assim, a abordagem cirúrgica requer ráfia de dura-máter e isolamento da mesma com meio externo. Complicações desse tipo de fratura como fístula liquórica, mucocele, meningite e abscesso cerebral são encontradas na literatura.

Objetivos: Avaliar o tratamento das fraturas do seio frontal e potenciais complicações em um grupo de pacientes vítimas de traumatismo e atendidos em hospital de referência em Belo Horizonte no período compreendido de 01/2014 e 01/2018.

Métodos: Esse é um estudo observacional longitudinal prospectivo realizado com 9 pacientes de 17 a 74 anos/idade, atendidos em hospital de referência em urgências em Belo Horizonte, Minas Gerais Resultados. Foram seguidos 9 pacientes em nosso banco de dados, sendo 8 do sexo masculino e 1 do sexo feminino. Apresentavam em sua história trauma automobilístico 3 (33,3%); queda da própria altura 2 (22,2%); queda de altura 2 (22,2%); agressão 1 (11,1%); trauma em esporte 1 (11,1%). Pneumoencéfalo 6 (66,6 %) fistula liquórica 1 (11,1 %). Nenhum paciente apresentou infecção em SNC ou realizou cirurgia ou evoluiu para o óbito ou anosmia em nosso tempo de seguimento médio de 34,8 meses.

Conclusão: Em nosso estudo todos os pacientes acompanhados não necessitaram de cirurgia ou tiveram complicações neurológicas associadas às fraturas. De acordo com os resultados, no nosso grupo de pacientes, a fratura da tábua interna do seio frontal pôde ser acompanhada com consultas periódicas para avaliar estado do paciente e potenciais complicações sem aumento do risco de complicações neurológicas relacionadas.