CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1673068
E-Poster – Trauma
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

A importância das ligas acadêmicas de neurocirurgia no Brasil.

Lucas Costa Macedo
1   Universidade Federal da Paraíba
2   Centro de Neurologia e Neurocirurgia Associados (NeuroCENNA), BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo
,
Inaê Carolline Silveira da Silva
1   Universidade Federal da Paraíba
2   Centro de Neurologia e Neurocirurgia Associados (NeuroCENNA), BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo
,
Davi Macedo da Rocha
1   Universidade Federal da Paraíba
2   Centro de Neurologia e Neurocirurgia Associados (NeuroCENNA), BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo
,
Luciano Ribeiro Dantas
1   Universidade Federal da Paraíba
2   Centro de Neurologia e Neurocirurgia Associados (NeuroCENNA), BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo
,
Vanessa Milanesi Holanda
1   Universidade Federal da Paraíba
2   Centro de Neurologia e Neurocirurgia Associados (NeuroCENNA), BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo
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Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: As Ligas Acadêmicas (LAs) são entidades formadas por estudantes, que vêm se proliferando e ocupando faculdades de medicina em todo o Brasil. As LAs buscam aprofundar temas em uma determinada área da medicina, como a Neurocirurgia, que conta com várias ligas no país. As LAs têm se provado como relevantes tanto no contexto acadêmico quanto social, pois se orientam segundo os princípios do tripé universitário de Ensino, Pesquisa e Extensão. As motivações dos estudantes para participar das LAs podem variar desde complementar a formação médica em geral até ajudar na decisão de futuras áreas de trabalho.

Objetivo: Analisar a contribuição das ligas acadêmicas para formação do médico generalista aspirante a neurocirurgião. Método: Levantamento de dados através de questionário desenvolvido na plataforma Google Forms e enviado online para ligas acadêmicas de neurocirurgia do Brasil. Critérios de inclusão dos participantes foram ser graduando de medicina e ser integrante de pelo menos uma liga acadêmica de neurocirurgia.

Resultados: Foram obtidas 73 respostas de 25 LAs de 8 Estados, das quais 54,8% foram do sexo masculino, sendo a média de idade de 22 anos. Quanto à área que pretendem seguir, 58,9% pretendem ser neurocirurgiões e 23,3% neurologistas. Quanto à dedicação a ligas, 42,5% dos alunos participam somente de uma liga acadêmica; quanto ao tempo semanal dedicado às atividades da liga, 39,8% dos entrevistados utiliza até 2 horas, 35,6% de 3 a 5 horas e 24,6% mais de 6 horas. Quando perguntados sobre as atividades que exercem na liga, 64% responderam que participam de estágio supervisionado, produção científica e atividade de promoção de saúde, e 50% de organização de eventos; 53% consideram muito importante a participação em uma liga de neurocirurgia para o ingresso na residência médica. Quanto às motivações, 97,3% afirmam ser para se aproximar da prática médica, 47,9% para compensar lacunas no currículo, 75,3% para melhorar o currículo.

Conclusão: Os dados obtidos corroboram os achados da literatura, mostrando que os participantes de LAs de neurocirurgia utilizam muito tempo em atividades extracurriculares e buscam as ligas como forma de complementar o currículo e se integrar à prática médica. Destacam-se também o interesse pela produção científica e aprimoramento pessoal, acreditando que participar de uma LA aumenta a chance de ingressar na residência médica, o que mostra a importância que os estudantes conferem às LAs para a sua formação.