CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1673062
E-Poster – Trauma
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Epidemiologia do traumatismo cranioencefálico no estado de rondônia, amazônia ocidental.

Karina Negrão Zingra
1   Centro Universitário São Lucas
,
Kerollen Nogueira Cavalcante
1   Centro Universitário São Lucas
,
Isabel Cristiane Kuniyoshi
1   Centro Universitário São Lucas
› Author Affiliations
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Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: O traumatismo cranioencefálico (TCE) é uma injúria cerebral, de origem física, gerada por forças externas. É um desafio da saúde pública, visto que é a principal causa de mortalidade em adultos jovens e de morte e incapacidade em todas as idades. Em países de alta renda, o número de idosos com TCE é maior devido as quedas, enquanto que em países de renda baixa e média, prevalece por acidentes de trânsito.

Objetivos: Descrever a epidemiologia dos casos de internação por TCE e vítimas de acidente de trânsito no estado de Rondônia.

Métodos: Trata-se de um estudo observacional, descritivo, transversal de análise quantitativa. O levantamento epidemiológico foi feito a partir de dados obtidos no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). O TCE e os acidentes de trânsito são classificados como morbidade hospitalar de causa geral e causas externas, respectivamente. Foram quantificadas as internações, óbitos e prevalência de TCE e acidentes de trânsito, distribuídas por sexo, do período de 2016 a 2017, no estado de Rondônia.

Resultados e discussão: No período de 2016 a 2017 houve 124,5 casos de TCE e 295 acidentes de trânsito para cada 100.000 habitantes em Rondônia. O total de internações por TCE foi de 2249, desses 76,03% eram do sexo masculino. O número de pacientes internados por acidentes de trânsito foi de 5341, destes 64,44% foram vítimas por motocicleta e 72,89% eram homens. A taxa de mortalidade por acidentes (2,28%) foi menor que a por TCE (7,2%). Em ambos a mortalidade prevaleceu o gênero masculino, respectivamente 81,97% e 81,48%.

Conclusão: A maior prevalência de TCE e acidentes de trânsito ocorreu em indivíduos do gênero masculino e acidentes por motocicleta. Este dado, corrobora com estudos realizados em outros estados do Brasil. O destaque para os acidentes por motocicleta deve-se por ser um grupo vulnerável pela exposição sem proteção à trauma externo. Apesar de não haver informação no DATASUS descrevendo as causas de TCE, supõe-se que os acidentes de trânsito são um dos principais fatores de risco para a população. Contudo, para isso, devem haver estudos que evidenciem quais são essas causas, a fim de que possam ser estabelecidas estratégias de prevenção adequadas.