CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1673040
E-Poster – Trauma
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Impacto prognóstico da monitorização da pressão intracraniana em pacientes com traumatismo cranioencefálico grave

Bárbara Borchardt
1   Universidade do Extremo Sul Catarinense
,
Ademar Milton de Souza Filho
1   Universidade do Extremo Sul Catarinense
,
Luanna Corrêa de Oliveira Freitas
1   Universidade do Extremo Sul Catarinense
,
Áurea Maria Soares da Rosa
1   Universidade do Extremo Sul Catarinense
,
Milena Bancer Gabe
1   Universidade do Extremo Sul Catarinense
,
Camila Veiga Shipanski
1   Universidade do Extremo Sul Catarinense
,
Kristian Madeira
1   Universidade do Extremo Sul Catarinense
,
Carlos Fernando dos Santos Moreira
1   Universidade do Extremo Sul Catarinense
› Author Affiliations
Further Information

Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Objetivos: Verificar o impacto prognóstico da monitorização da pressão intracraniana (PIC) em pacientes com traumatismo cranioencefálico (TCE) grave.

Métodos: Realizou-se um estudo observacional, retrospectivo e de natureza quantitativa. A amostra foi composta por 246 pacientes com diagnóstico de TCE grave no período de janeiro de 2009 a agosto de 2017.

Resultados: da amostra, 43,56% dos pacientes foram submetidos à monitorização da PIC. O tempo médio de uso do cateter foi de 1,7 dias. Em ambos os grupos, o sexo masculino foi o mais acometido e a maior parte dos pacientes tinha idade inferior a 50 anos. O acidente automobilístico foi a principal etiologia do TCE. Na avaliação clínica inicial, pupilas midriáticas relacionaram-se ao óbito e pupilas isofotorreagentes à alta hospitalar. O grupo monitorizado realizou maior quantidade de exames tomográficos de crânio com uma média de 2,6 exames, sendo o edema cerebral o achado mais comum. Quanto ao prognóstico, os pacientes que utilizaram cateter para monitorização da PIC tiveram uma redução de chance de ir a óbito de 47% quando comparado aos que não utilizaram o cateter. O tempo de permanência hospitalar e na unidade de terapia intensiva foi maior para aqueles que receberam monitorização da PIC, sendo que períodos superiores a 30 dias se relacionaram com meningite, principalmente, naqueles que utilizaram o cateter.

Conclusão: Pacientes que utilizaram cateter para monitorização da PIC tiveram melhora significativa da sobrevida.