CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1673021
E-Poster – Radiosurgery
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Experiência de 10 anos de radiocirurgia e radioterapia estereotáctica fracionada em uma instituição pública de ensino

Leila Maria Da Roz
1   Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
,
Evandro César de Souza
1   Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
,
Leila Maria Da Róz
1   Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
,
Tatiana Taba Fuzisaki
1   Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
,
Vinícius de Carvalho Gico
1   Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
,
André Lanza Carioca
1   Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
,
Mário Ribeiro Neto
1   Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
,
Herbeni Cardoso Gomes
1   Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
,
Eduardo Weltman
1   Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
,
Heloísa de Andrade Carvalho
1   Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
,
Manoel Jacobsen Teixeira
1   Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: Radiocirurgia (RC) e radioterapia estereotáctica fracionada (REF) cranianas são técnicas de tratamento avançadas, precisas e eficazes, nem sempre disponíveis para o público em geral, em especial da rede pública de saúde.

Objetivo: avaliar o perfil dos pacientes tratados no Serviço de Radioterapia do HC-FMUSP com RC e REF cranianas ao longo de 10 anos.

Métodos: foram avaliados todos os registros dos pacientes submetidos a RC ou REF, de junho de 2008 a março de 2018. Na rotina do serviço, todos os casos são discutidos em reuniões semanais multidisciplinares com radio-oncologistas, neurocirurgiões, neuroradiologistas e físicos médicos para definição de conduta. Para o contorno e planejamento foi utilizado o Sistema de Planejamento IPlan (Brainlab¯) e os pacientes foram tratados em acelerador linear de 6 MV, com colimador micro-multileaf m3 (microMLC). Até 2015, os tratamentos foram realizados com colocação de “frame” craniano para os casos de dose única e máscara termoplástica para os demais. A partir de 2015 foi utilizada verificação de imagem com IGRT ExacTrac (Brainlab¯) e os procedimentos gradativamente passaram a ser todos “frameless”. Resultados: foram tratados 1.514 pacientes no período, com idade média de 46,4 anos (12 meses a 87 anos) sendo 965 (63,7%) do sexo feminino. Quanto aos diagnósticos, 515 (34%) pacientes foram tratados por metástases cerebrais, 277 (18,3%) por meningeomas, 186 (12,3%) por adenoma de hipófise, 145 (9,5%) neurinoma do acústico, 139 (9,1%) por malformação arteriovenosa e 69 (4,5%) por craniofaringeoma. Os outros 10,8% dos pacientes dividiram-se entre paragangliomas, estesioneuroblastomas, hemangioblastomas entre outras patologias.

Conclusão: Essa casuística representa uma das maiores entre pacientes tratados em uma única instituição durante o período avaliado. Apesar do predomínio de metástases cerebrais como diagnóstico para indicação de RC ou REF, doenças benignas como um todo, representaram a grande maioria da casuística. O fato de a Instituição ser, além de referência para tratamento terciário no sistema público de saúde, um Hospital Geral, permite a grande diversidade de diagnósticos entre os pacientes tratados e a possibilidade de oferecer o tratamento para pacientes com doenças benignas, não atendidos em centros exclusivamente oncológicos.