CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1673011
E-Poster – Pediatrics
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

História da simulação cirúrgica e sua aplicação em neurocirurgia pediátrica

Thiago Vieira Goncalves
1   FAMENE
2   Siedi
,
Giselle Coelho
1   FAMENE
2   Siedi
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Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: Um dos primeiros exemplos registrados de simulação cirúrgica foi o uso de modelos de folhas e barro, na Índia, por volta de 600 a.C. para conceituar a reconstrução nasal. Na história da simulação é importante reconhecer a grande influência da especialidade de Ginecologia e Obstetrícia no desenvolvimento de modelos anatômicos. Em uma especialidade de alta complexidade, como a Neurocirurgia, é ainda mais evidente que a sala de cirurgia não é o lugar ideal para a aprendizagem inicial. Há necessidade de utilização de métodos que possibilitem o aperfeiçoamento das habilidades técnicas, dada a mínima possibilidade de falha. Desse modo, os simuladores em Neurocirurgia estão em contínuo desenvolvimento, desde o simulador de cuidados intensivos neurocirúrgicos (com Musacchio) até procedimentos cirúrgicos (eletivos ou de emergência), como os modelos de craniotomia para trauma produzidos pela Uniformed Services University.

Discussão: No campo da neurocirurgia minimamente invasiva, os simuladores são quase que imprescindíveis, tanto para execução do ato operatório como em sua aprendizagem. Diferentes modelos de endoscopia virtual foram desenvolvidos para familiarização dos cirurgiões e estudantes com os instrumentos e técnicas minimamente invasivas. Já em Neurocirurgia Pediátrica foram desenvolvidos simuladores para treinamento de neuroendoscopia e abordagem em cranioestenose, que apresentam interface radiológica. O simulador para treinamento neuroendoscópico permite a visualização e identificação das estruturas internas do ventrículo cerebral, bem como a realização de procedimentos como terceiro ventriculostomia e ressecção de lesões intraventriculares. Já o simulador de cranioestenose permite a realização de osteotomias e reconstrução craniana, apresentando efeito de sangramento. O treinamento em um modelo antes da cirurgia real traz maior segurança ao ato operatório, podendo diminuir o tempo cirúrgico, prever possíveis complicações e auxiliar na definição da melhor técnica.

Conclusão: Desse modo, de uma forma geral, pode melhorar o prognóstico do paciente, permitindo menor tempo de internação, diminuindo assim o risco de infeção e outras intercorrências, além de reduzir os custos hospitalares, visto que há otimização do material cirúrgico e menor tempo de ocupação de sala. Este somatório de vantagens é ainda mais relevante quando se fala em Neurocirurgia e nas suas diferentes subáreas.