CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672994
E-Poster – Pediatrics
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Redução na taxa de infecção em pacientes submetidos à primeira derivação ventrículo peritoneal: o efeito após implementação de um protocolo institucional de baixo custo

Mateus Carvalho Casarin
1   Hospital Cristo Redentor
2   Hospital da Criança Conceição
,
Samir Cezimbra dos Santos
1   Hospital Cristo Redentor
2   Hospital da Criança Conceição
,
Leandro Pelegrini de Almeida
1   Hospital Cristo Redentor
2   Hospital da Criança Conceição
,
Amir José dos Santos
1   Hospital Cristo Redentor
2   Hospital da Criança Conceição
,
Antônio Carlos Garcia D’almeida
1   Hospital Cristo Redentor
2   Hospital da Criança Conceição
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: A infecção pós-operatória de derivações ventriculoperitoneais continua sendo um desafio frequente nos serviços de neurocirurgia pediátrica. Essa complicação cirúrgica acarreta em grande prejuízo financeiro ao sistema de saúde e significativa perda neurológica e cognitiva aos pacientes acometidos. Medidas para evitar esse desfecho são de grande benefício para o desfecho funcional dos pacientes.

Objetivo: Avaliar o impacto na taxa de infecção após implementação de um protocolo que visa padronizar o atendimento a pacientes submetidos à implantação da primeira derivação ventriculoperitoneal (DVP).

Métodos: Essa coorte retrospectiva avaliou pacientes com faixa etária de 0 a 14 anos submetidos à primeira derivação ventrículo peritoneal no Hospital da Criança Conceição. Os dados foram obtidos através do prontuário eletrônico e foi comparada a taxa de infecção no período anterior e posterior à implementação do protocolo. O desfecho pesquisado foi infecção do sistema de DVP nos 6 meses seguintes a implantação deste dispositivo.

Resultados: Antes da adoção do protocolo, no período de 01/04/2015 a 31/03/2016, 18 crianças foram submetidas a 18 implantações primárias de DVP e a 14 outros procedimentos de revisão. Ocorreram 3 infecções nesse período, correspondendo a uma taxa de infecção por paciente de 16,6% e por procedimento de 9,3%. Após a adoção das medidas instituídas no protocolo, de 01/11/2016 a 31/10/2017, 18 pacientes foram submetidos a implantação primária de DVP e 10 revisões. Houve apenas 1 caso de infecção, sendo, portanto, a taxa de infecção por paciente de 5,5% por procedimento de 3,5%.

Conclusão: Houve uma redução importante na taxa de infecção após adoção do protocolo institucional, reduzindo de 16,6% para 5,5% por paciente. A grande redução evidenciada no presente estudo mostra que é possível melhorar os resultados cirúrgicos obtidos através de medidas simples e que podem ser replicáveis em outros centros.