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DOI: 10.1055/s-0038-1672901
Panorama epidemiológico de tumores meníngeos operados em hospital de referência em combate ao câncer na Paraíba nos últimos 4 anos
Publication History
Publication Date:
06 September 2018 (online)
Introdução: Os tumores meníngeos (TM) representam a segunda maior categoria das neoplasias primárias do Sistema Nervoso Central (SNC), estando incluídos neste grupo: meningiomas e tumores mesenquimais, não meningoteliais (tumores que não são meningiomas). Hemangiopericitomas, hemangioblastomas e lesões melanocíticas também constituem TM. Os meningiomas são os mais frequentes, responsáveis por aproximadamente 30% das neoplasias cerebrais, sendo predominantes em adultos, ocorrendo frequentemente em mulheres entre 40 e 50 anos de idade. Os tumores mesenquimais, não meningoteliais podem ter origem no SNC, a maioria são tumores de tecido mole e ósseos. O tumor fibroso solitário, tumor de origem mesenquimal, configura uma menor parcela ao corresponder 0,09% dos TM.
Objetivos: Descrever padrões de meningiomas, destacando a distribuição entre os tipos histológicos, proporção entre sexos e faixa etária de acometimento.
Metodologia: Trata-se de estudo transversal, descritivo e observacional, baseado em análise de prontuários de 177 pacientes neurocirúrgicos operados em hospital de combate ao câncer na Paraíba no período de agosto de 2015 a abril de 2018. Pacientes foram selecionados de acordo com os critérios de inclusão: operados no serviço de neurocirurgia entre o intervalo do estudo, com tumor meníngeo comprovado em análise anatomopatológica. Os prontuários excluídos foram de pacientes portadores de tumores metastáticos, demais tumores primários ou outras lesões.
Resultados: Foram operados 18 (10%) pacientes por tumor meníngeo, com proporção aproximada entre os sexos de 2:1, dos quais 13 pacientes eram femininos (68,75%) e 5 masculinos (31,25%). A idade média foi de 52,7 anos, mediana de 55 anos e desvio-padrão de 16,6 anos. Foram operados 1 tumor fibroso solitário e 17 meningiomas, dos quais todos grau I, sendo 11 (64,7%) fibroblásticos, 2 (11,8%) meningoteliais, 2 (11,8%) transicionais, 1 (5,88%) angiomatoso e 1 (5,88%) sem classificação.
Conclusão: Os dados encontrados corroboram o disponível em literatura que afirma maior idade de pacientes, bem como predomínio tanto de sexo feminino quanto de grau I da OMS.