CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672881
E-Poster – Oncology
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Características radiológicas do craniofaringioma em pré-escolar: relato de caso

Mateus Santiago de Souza
1   Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ
2   Faculdade de Medicina Nova Esperança
,
Talles Thadeu Braz Bezerra
1   Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ
2   Faculdade de Medicina Nova Esperança
,
Camila Ribeiro Coutinho Madruga
1   Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ
2   Faculdade de Medicina Nova Esperança
,
Gabriela de Lima Ferreira Lucena
1   Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ
2   Faculdade de Medicina Nova Esperança
,
Larissa Silva de Siqueira Figueiredo
1   Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ
2   Faculdade de Medicina Nova Esperança
,
Lucas Vieira de Almeida
1   Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ
2   Faculdade de Medicina Nova Esperança
,
Rodolpho Douglas Pimenta de Araújo
1   Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ
2   Faculdade de Medicina Nova Esperança
,
José Lopes de Sousa Filho
1   Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ
2   Faculdade de Medicina Nova Esperança
› Author Affiliations
Further Information

Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Relato do caso: D.L.T.S., 3 anos e 10 meses, sexo masculino, natural e procedente de Monteiro (PB), foi encaminhado ao serviço de neurocirurgia pediátrica em hospital de referência estadual por história de cefaleia e vômito há 30 dias. O quadro inicial suspeitado foi de síndrome viral. No entanto, hemograma, ionograma e coagulograma todos dentro dos padrões normais. Dias após, foi feita TC de crânio que evidenciou ausência de impregnação pelo meio de contraste venoso, com discretas calcificações periféricas, de contornos regulares e limites bem definidos, medindo 4 × 3,6 × 3,5 cm, na topografia do III ventrículo/glândula pineal, provocando hidrocefalia supratentorial, hipodensidade da substância branca periventricular e apagamento dos sulcos e giros cerebrais. A punção lombar diagnóstica evidenciou liquor com ausência de crescimento celular, proteína baixa e glicose normal. O paciente então fora submetido a implante de DVE, procedimento cirúrgico para ressecção do componente sólido mais biópsia, evoluindo com melhora dos sintomas. O diagnóstico anatomopatológico revelou tratar-se de craniofaringioma adamantinomatoso grau I.

Discussão: Craniofaringiomas são tumores histologicamente benignos que se localizam na região selar e suprasselar. Correspondem de 1–4% dos tumores intracranianos pediátricos. Dividem-se em três subtipos: adamantinomatoso, papilar e cístico, sendo o adamantinomatoso o mais comum em crianças (92–96%) e o papilar em adultos. É frequente a apresentação na forma de calcificações (80–87%) e cistos (70–75%). O tratamento se baseia na ressecção total, subtotal (seguida de radioterapia), acompanhamento e terapêuticas intracisto. Neste paciente, a cirurgia foi realizada via endoscopia em detrimento à via tradicional por experiência do serviço e individualidades do paciente. A literatura atual mostra que não há evidências de superioridade de uma técnica sobre a outra.

Comentários Finais: O presente relato evidencia um caso de craniofaringioma em criança com achados radiológicos típicos e bem descritos e conduta adotada com base na literatura científica atual. Destaca-se ainda que a o paciente apresentou um pós-operatório sem complicações e uma melhora completa dos sintomas.