CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672877
E-Poster – Oncology
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Acesso supraciliar e ressecção de osteoma em órbita – relato de caso

Doralice Mariá Leite Batista
1   Hospital Escola Álvaro Alvim
2   Faculdade de Medicina De Campos
,
Maria Costa de Brito Barbosa Alves
1   Hospital Escola Álvaro Alvim
2   Faculdade de Medicina De Campos
,
Arthur Borges Martins de Souza
1   Hospital Escola Álvaro Alvim
2   Faculdade de Medicina De Campos
,
Ramon Gonçalves Romano Cruz Ribeiro
1   Hospital Escola Álvaro Alvim
2   Faculdade de Medicina De Campos
,
Paula Andrade Carvalho
1   Hospital Escola Álvaro Alvim
2   Faculdade de Medicina De Campos
,
Marina Fernandes Klem
1   Hospital Escola Álvaro Alvim
2   Faculdade de Medicina De Campos
,
Carolina Maria Leal Rosas
1   Hospital Escola Álvaro Alvim
2   Faculdade de Medicina De Campos
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Apresentação do caso: Paciente, 22 anos, feminina, com proptose ocular e diminuição da acuidade visual com oito meses de evolução. Propedêutica oftalmológica descartou doença ocular, sendo referenciada ao serviço de neurocirurgia. Paciente apresentava um RX de crânio em que se constatava uma lesão hiperdensa intraorbitária à esquerda. Solicitou-se Ressonância Nuclear Magnética de encéfalo a qual evidenciou uma lesão extraconal hipointensa, sem realce pela administração de contraste, em órbita à esquerda. A lesão determinava desvio de nervo óptico. Em vigência do déficit visual progressivo, fora indicado o tratamento neurocirúrgico.

Discussão: Os osteomas são tumores benignos, sendo frequente sua ocorrência em seios paranasais, porém, extensões secundárias ou envolvimento primário da órbita é incomum. É possível a abordagem dessas lesões por diferentes acessos cranianos e obter resultados efetivos. Observa-se, no entanto, que devido ao tumor em questão ser indolente, de crescimento lento e sem características infiltrativas, a escolha por tratamentos menos invasivos torna-se imperiosa. O acesso supraciliar ou supraorbital permite, através de uma técnica minimamente invasiva, oferecer amplo acesso à fossa anterior da base do crânio, órbitas e região parasselar. Por exigir incisão limitada e craniotomia mínima, apresenta baixa morbidade e rápida recuperação pós-opertória.

Considerações finais: A abordagem por técnicas minimamente invasivas para lesões intraorbitárias, como o acesso supraciliar, é factível, apresentando resultados terapêuticos e estéticos inigualáveis, agregando, ainda, vantagens pela baixa morbidade e rápida recuperação dos pacientes, diminuindo a permanência hospitalar, sendo, portanto, mais uma estratégia a ser adotada para a terapêutica de lesões de fossa anterior do crânio pelo neurocirurgião.