CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672830
E-Poster – Oncology
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Perfil epidemiológico dos tumores de hipófise e avaliação dos resultados cirúrgicos em um hospital terciário de Porto Alegre – RS

João Pedro Abreu da Silva
1   Universidade Federal do Rio Grande Do Sul
,
Lúcio Brandão Gomes
2   Hospital de Clínicas de Porto Alegre
,
Thiago Hoesker
2   Hospital de Clínicas de Porto Alegre
,
Leonardo Dezordi
2   Hospital de Clínicas de Porto Alegre
,
Lucas Danielli
2   Hospital de Clínicas de Porto Alegre
,
Eduardo Brescancin Vieira
2   Hospital de Clínicas de Porto Alegre
,
Apio Claudio Martins Antunes
2   Hospital de Clínicas de Porto Alegre
,
Jorge Wladimir Junqueira Bizzi
2   Hospital de Clínicas de Porto Alegre
,
Michel da Silva Mroginski
2   Hospital de Clínicas de Porto Alegre
,
Franciele Pereira dos Santos
2   Hospital de Clínicas de Porto Alegre
,
Ana Maria Delgado Cunha
2   Hospital de Clínicas de Porto Alegre
,
Ana Claudia Alves da Silva
2   Hospital de Clínicas de Porto Alegre
› Author Affiliations
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: Os tumores de hipófise são comuns na prática médica. O avanço dos exames de imagem facilita seu diagnóstico. Mesmo sendo predominantemente benignos, as disfunções hormonais e a relação anatômica com estruturas vizinhas são de grande importância. Atualmente, os tumores de hipófise possuem indicação cirúrgica bem estabelecida.

Objetivos: Perfil epidemiológico e resultado cirúrgico dos pacientes submetidos a tratamento cirúrgico de tumores de hipófise.

Métodos: Foram revisados, em prontuário eletrônico, pacientes submetidos a tratamento cirúrgico de tumor de hipófise, de 2007 a 2017, em hospital terciário em Porto Alegre. Foram avaliados sintomas iniciais, Knosp, tamanho tumoral, tratamento medicamentoso pré-operatório, abordagem, grau de ressecção, complicações, anatomopatológico, reabordagem, tratamento medicamentoso pós-operatório e tratamento radioterápico adjuvante.

Resultados: Dos 84 pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico para tumor de hipófise, 48 eram do sexo feminino. O sintoma mais comum, ao diagnóstico, era perda visual. Dez pacientes tinham diagnóstico doença de Cushing e 19 de Acromegalia. Tamanho – 89% eram macroadenomas. A média de idade do tratamento cirúrgico foi de 49 anos. A via transesfenoidal foi preferida em 81 casos. A ressecção foi total em 42 casos. A complicação pós-operatória mais frequente foi diabetes insipidus, a maioria transitória. O anatomopatológico mais frequente: adenoma hipófise não secretor. Entre os tumores secretores, 11 casos preencheram os critérios de cura no pós-operatório. Treze casos foram submetidos à reabordagem (sendo 6 transesfenoidal e 7 transcraniana) – submetidos a via transcraniana os que a ressecção prévia foi insuficiente. Realizaram tratamento medicamentoso no pós-operatório 32 pacientes, dentre os quais 22 obtiveram o controle da doença. Dez pacientes foram submetidos à adjuvância com radioterapia estereotáxica fracionada, entre os quais 9 pacientes obtiveram cura e/ou controle da doença.

Conclusões: Como na literatura, adenoma não secretor foi o tipo histológico mais frequente. As principais indicações cirúrgicas nos pacientes deste estudo foram: extensão suprasselar, aumento progressivo da lesão no seguimento e acometimento visual ao diagnóstico. Entre os resultados pós-operatórios, ressaltamos que metade dos pacientes que apresentavam perda visual – o sintoma mais frequente da casuística apresentada – tiveram melhora no pós-operatório documentada por campimetria visual.