CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672818
E-Poster – Oncology
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Investigação de polimorfismos de único nucleotídeo (SNPS) (rs55705857) e mutações do isocitrato desidrogenase 1 (IDH1) com o desenvolvimento de gliomas – análise preliminar

Herika Karla Negri Brito
1   Hospital da Restauração
,
Hildo Rocha Cirne de Azevedo Filho
1   Hospital da Restauração
,
Luydson Vasconcelos
2   Universidade de Pernambuco
,
Rodrigo Andre de Souza Araujo
2   Universidade de Pernambuco
,
Yasmim Ferreira Machado
2   Universidade de Pernambuco
,
Maria Junia Lira e Silva
2   Universidade de Pernambuco
,
Lorenna Pina Almeida da Silva
2   Universidade de Pernambuco
,
Leticia Pina Almeida da Silva
2   Universidade de Pernambuco
,
Dhyego Ferreira Moreira Lacerda
1   Hospital da Restauração
,
Bianca Melo de Araujo
2   Universidade de Pernambuco
› Author Affiliations
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: Gliomas são um grupo de tumores originados através da desdiferenciação ou do desenvolvimento anormal de células não neuronais. Fundamentalmente, são de linhagem astrocitária, oligodendroglial ou ependimária. Geneticamente, o aparecimento de Gliomas está fortemente associado ao braço longo do gene CCDC26, locus 8q24, cujo Polimorfismo de único Nucleotídeo (SNPs) com maior correlação foi o rs55705857; principalmente para os subtipos: Glioblastoma multiforme e Astrocitomas com Mutação do Isocitrato Desidrogenase 1 e 2 (IDH1/2).

Objetivos: Analisar retrospectivamente os pacientes que foram submetidos à Microcirurgia para Glioma entre março 2016 e março de 2018 quanto às variáveis: sexo, idade, apresentação clínica e tipo histológico da lesão. Caracterizar a população amostral frente às variáveis clínicas e biológicas/laboratoriais; determinar as frequências alélicas e genotípicas do gene CCDC26, rs55705857, 8q.24 no sangue; detectar a presença da mutação R132H (IDH-1) no tecido tumoral de pacientes operados; verificar a associação dos genótipos com gliomagênese.

Métodos: Estudo retrospectivo com resgate de prontuários e coleta de dados das variáveis mencionadas, além de análise laboratorial de sangue e tecido tumoral de pacientes coletados em bloco cirúrgico com posterior confrontação de resultados com população controle. A discriminação alélica foi feita com PCR em tempo real e análise da mutação do R-132H feita por PCR convencional e sequenciamento.

Resultados: Após histopatológico da lesão, obtivemos 23 homens (66%) e 12 mulheres (34%), a maioria com idade entre 41–55 anos. A apresentação clínica mais frequente foi – cefaleia (48%) seguida de paresia (32%). O grupo-controle obteve média de idade de 60 a 33 anos, a maioria do sexo feminino (56,7%); Tipo histológico: GBM (50%) e Astrocitomas grau 2 e 3 (50%). A frequência alélica e genotípica do gene rs55705857 nos indivíduos doentes foi: AA 29 (82,96%), AG 4 (11,43%), GG 2 (5,71%) sendo o genótipo AA o polimorfismo de único nucleotideo correlacionado com a mutação do IDH-1.

Conclusões: O gene CCDC26 pode exercer uma função significativa no progresso da gliomagênese em pacientes com 40 anos de idade ou mais e acomete mais homens do que mulheres. O IDH pode ser utilizado como biomarcador genético assim como o rs55705857 para detectar o risco de surgimento de glioma. Assim, nosso estudo oferece a primeira análise de associação entre o rs55705857 do CCDC26 com o risco de surgimento de gliomas na população brasileira.