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DOI: 10.1055/s-0038-1672813
Tratamento endoscópico endonasal dos adenomas hipofisários
Publication History
Publication Date:
06 September 2018 (online)
Introdução: A técnica endoscópica endonasal para abordagem de adenomas hipofisários é reconhecidamente segura e eficaz, sendo considerada nos dias atuais uma excelente alternativa ao tradicional tratamento microcirúrgico.
Objetivo: Realizar um levantamento de dados sobre as características dos pacientes com adenomas hipofisários operados por via endoscópica endonasal no serviço. Todos os pacientes foram tratados por grupo multidisciplinar envolvendo equipes da neurocirurgia, otorrino e endocrinologia.
Método: Análise retrospectiva de dados constantes nos prontuários eletrônicos e de imagens de ressonância realizadas pré e pós-operatórias.
Resultados: Foram analisados dados de 50 pacientes, todos com diagnóstico histopatológico e imuno-histoquímico de adenoma hipofisário. A maioria dos pacientes eram mulheres (68%), sendo a média de idade encontrada de 47 anos. Quarenta e quatro por cento dos tumores eram funcionantes e 56% não funcionantes, estando sintomas visuais presentes em 76% dos casos. O tempo médio de seguimento foi de 2,7 anos. A maioria das lesões eram macroadenomas (92%) com o tamanho médio de 3,45 cm no maior diâmetro. Seis pacientes (12%) apresentaram tumores com mais de 4 cm no maior diâmetro sendo classificados como portadores de adenomas hipofisários gigantes. Em relação às complicações pós-operatórias, houve a ocorrência de meningite, fístula liquórica e diabetes insipidus observadas respectivamente em 6, 10, e 18% dos casos. Setenta e três por cento dos pacientes apresentaram melhora total ou parcial da visão durante o seguimento e 50% dos pacientes com tumores funcionantes apresentaram critérios de cura.
Conclusão: Nesta série observamos que a cirurgia endoscópica endonasal transesfenoidal foi efetiva no tratamento de adenomas hipofisários, mesmo nos pacientes com tumor de grande volume e tamanho. Embora a série tenha apresentando elevado índice de complicações tratadas, como fístula liquórica e meningite, apresenta resultados semelhantes à literatura no que se refere a melhora da visão pós-operatória e controle da doença (cura) nos tumores funcionantes.