CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672797
E-Poster – Oncology
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Carcinoma basocelular recidivante com invasão do crânio e seio sagital superior: um relato de caso

Édson Bernaldino-Neto
1   Hospital São José do Avaí
,
Jordan Câmara Moura
1   Hospital São José do Avaí
,
Jhoney Francieis Feitosa
1   Hospital São José do Avaí
,
Henrique Alves Pinto Silva
1   Hospital São José do Avaí
,
Carlos Eugênio Monteiro de Barros
1   Hospital São José do Avaí
,
Bruno Coelho da Rocha Lázaro
1   Hospital São José do Avaí
,
Rafael Abreu Sepulcri
1   Hospital São José do Avaí
› Author Affiliations
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

O carcinoma basocelular (CBC) é a neoplasia maligna mais comum em humanos. Sua incidência vem aumentando nos últimos anos e sua importância ocorre sobretudo pela capacidade de invasão local e recidivas, determinando alta morbidade. O principal fator de risco ambiental é a exposição a radiação ultravioleta. Outros elementos incluem fototipos claros, história familiar, olhos e cabelos claros, sardas na infância, imunossupressão, exercício profissional com exposição solar, atividade rural e queimaduras solares na juventude. Apresentamos o caso de um paciente que foi tratado primariamente pelo serviço de cirurgia de cabeça e pescoço em 2016 com diagnóstico de Carcinoma Basocelular do Scalpo occipital. No seguimento oncológico, observou-se atividade inflamatória local e formação de tecido invasor do crânio e seio sagital superior identificados por Ressonância Magnética do encéfalo de controle. O paciente foi submetido à nova abordagem cirúrgica para exérese em bloco da lesão. O planejamento operatório incluiu retirada da pele lesada com margem ampla de segurança e confecção de retalho triplo romboide para fechamento primário do defeito. Realizada craniotomia ampla occipital mediana com descolamento do seio sagital superior e identificação do segmento comprometido e disfuncional devido à trombose segmentar do seio. Com o paciente assintomático e convictos de que o comprometimento do segmento do seio sagital superior não gerou alterações dinâmicas suficientemente capazes de alterar sua função, munidos de estudo prévio por angio-ressonancia e arteriografia cerebral, optou-se por ligadura cirúrgica do segmento infiltrado com margem de segurança e retirada em bloco do tecido neoplásico infiltrado. O procedimento foi concluído com cerca de 4 horas de duração, sem nenhuma intercorrência de ordem clínica, anestésica ou cirúrgica. O paciente foi extubado na sala de cirurgia e encaminhado acordado e sem déficit neurológico para unidade de terapia intensiva para os cuidados pós-operatórios. Recebeu alta no terceiro dia de pós-operatório, assintomático, após realização de RM do encéfalo de controle com evidencia de retirada completa da lesão.