CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672769
E-Poster – Oncology
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Biópsia de lesões de tronco encefálico: série de casos

Breno Bezerra Arruda Câmara
1   Santa Casa de Belo Horizonte
,
Marcos Dellaretti
1   Santa Casa de Belo Horizonte
,
José Batista da Silva Júnior
1   Santa Casa de Belo Horizonte
,
Júlio César de Almeida
1   Santa Casa de Belo Horizonte
,
Renata Ferreira de Souza
1   Santa Casa de Belo Horizonte
,
Marco Aurélio Vieira Couto
1   Santa Casa de Belo Horizonte
,
Danilo Malta Batista
1   Santa Casa de Belo Horizonte
,
Diego da Silveira
1   Santa Casa de Belo Horizonte
,
Tancredo Alcântara Ferreira Júnior
1   Santa Casa de Belo Horizonte
,
Pedro Henrique Piauilino Benvindo Ferreira
1   Santa Casa de Belo Horizonte
› Author Affiliations
Further Information

Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: As lesões intrínsecas do tronco encefálico são geralmente tratadas sem confirmação histopatológica, baseando-se na heterogeneidade das lesões, o que leva à necessidade de vários fragmentos de biópsia, aumentando a morbidade do método. Por outro lado, várias séries demonstram a segurança do procedimento, aliada a uma alta acurácia diagnóstica. Especialmente em lesões captantes, atípicas e exofíticas, a gama de diagnósticos diferenciais dos gliomas difusos do tronco encefálico se faz notória, com relevante impacto no manejo terapêutico.

Objetivo: Avaliar a eficácia da biópsia de tronco encefálico, bem como sua morbimortalidade e impacto no tratamento.

Método: Análise de 29 casos de biópsias de lesões intrínsecas do tronco encefálico realizadas em nosso serviço entre 2008 e 2017, avaliando dados epidemiológicos, taxa diagnóstica, morbimortalidade, características imaginológicas e técnicas, assim como o impacto no tratamento.

Resultados: Houve diagnóstico em 86,2% dos casos. A taxa de morbidade foi de 10,34% e não houve óbitos relacionados ao procedimento. Os gliomas difusos representaram 20,68% dos diagnósticos, tendo outras patologias como astrocitoma pilocítico (17,2%), linfoma de células B (13,8%), ependimoma (3,4%), ganglioglioma (3,4%) e germinoma (3,4%). Foram identificadas, ainda, lesões não neoplásicas em 20% dos casos diagnosticados. Essa variedade etiológica teve impacto direto na terapêutica que envolveu radioterapia, quimioterapia, ressecção cirúrgica, antibioticoterapia ou tratamento conservador.

Conclusão: A biópsia de lesões de tronco é um procedimento seguro, com alta taxa diagnóstica e grande impacto terapêutico, guiando adequadamente o tratamento.