CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672749
E-Poster – Oncology
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Avaliação imuno-histoquímica e perfil epidemiológico dos primeiros 33 tumores hipofisários operados em hospital de referência em combate ao câncer na Paraíba entre 2015 e 2018

Rodrigo Marmo de Costa e Souza
1   Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba
,
Amanda Morimitsu
2   Centro Universitário de João Pessoa
,
Anna Beatriz Temoteo Delgado
1   Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba
,
Caio César Vaz Lacet Gondim
2   Centro Universitário de João Pessoa
,
Débora Costa Marques
1   Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba
,
Diego Pereira de Melo Oliveira
1   Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba
,
Inaê Carolline Silveira da Silva
3   Universidade Federal da Paraíba
,
João Pedro Santos Albuquerque
3   Universidade Federal da Paraíba
,
Pedro Hugo Vieira da Silva
1   Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba
,
Victor Ribeiro Xavier Costa
1   Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba
,
Vinicius Paiva Cândido dos Santos
1   Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba
,
Marcos Alexandre da Franca Pereira
1   Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba
,
Maurus Marques de Almeida Holanda
3   Universidade Federal da Paraíba
› Author Affiliations
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: O adenoma hipofisário, geralmente benigno, é o terceiro tumor intracraniano mais comum (10–15%). Afeta principalmente a adeno-hipófise, sendo raro na neuro-hipófise. Entre as patologias que afetam a glândula pituitária, é a mais comum. A classificação é baseada em tamanho, função hormonal, achados clínicos e histologia. De acordo com sua função, eles podem ser divididos em não funcionantes e funcionantes. Os tumores funcionais podem ser: prolactinomas (40%), GH (20%), ACTH (5–10%), LH e FSH (1%) e adenoma secretor de TSH (1%).

Objetivo: realizar um estudo epidemiológico sobre os tumores hipofisários, com ênfase nos exames imuno-histoquímicos em um Hospital do Câncer na cidade de João Pessoa (PB).

Método: Estudo epidemiológico transversal, retrospectivo, observacional e descritivo, baseado em análise prontuários de 177 pacientes neurocirúrgicos operados no período de agosto de 2015 a abril de 2018.

Resultados: Foram encontrados 33 tumores hipofisários, representando 18,64% dos tumores operados no departamento de neurocirurgia do hospital, sendo 20 em homens (60,6%) e 13 em mulheres (39,4%), com idade média de 49,5 anos e desvio-padrão de 12 anos. Entre os 33, 17 não possuíam resultado imuno-histoquímico, com os 16 restantes distribuídos em: 2 produtores de prolactina e ACTH (12,5%), 4 prolactinomas (25%), 5 produtores de ACTH (31,25%), 1 não funcionante (6,25%) e 4 com painel imuno-histoquímico não característico (25%). Em relação aos 33 pacientes, a taxa de mortalidade foi 0 (0%), 5 pacientes tiveram fístulas liquóricas (15,1%), 2 hipocortisolismo (6%), 8 diabetes insipidus transitório (24,2%) e 2 diabetes insipidus permanente (6%).

Conclusão: Entre os tumores hipofisários com análise imunohistoquímica concluída, o adenoma secretor de ACTH foi o mais predominante, correspondendo a 45,45%, divergindo da literatura, que aponta o prolactinoma como o mais comum. Adenomas hipofisários são tumores intracranianos frequentes e representam uma parcela significativa do total de números dos tumores submetidos para cirurgia no serviço do presente estudo. O aumento da incidência em homens (60,6%) também requer atenção, uma vez que prolactinomas e corticotropinomas são mais prevalentes em mulheres. Portanto, espera-se que este estudo contribua para fortalecer leituras críticas a respeito do assunto, objetivando contribuir para otimizar a abordagem para estes pacientes.