CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672744
E-Poster – Oncology
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Prevalência de tumores malignos encefálicos no estado de Santa Catarina, 2007–2017

Adriele de Farias Elias
1   Unisul
,
Taís Luise Denicol
1   Unisul
,
Helena Caetano Gonçalves e Silva
1   Unisul
› Author Affiliations
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Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: Os tumores no sistema nervoso central (SNC) têm aumentado sua incidência, provavelmente pela melhoria dos exames de neurorradiologia ou ainda pela elevação dos casos. O desenvolvimento de tumores na caixa craniana é raro e descrito de forma limitada na literatura médica, desta maneira, a análise da real prevalência é complicada não somente na população em geral, mas também nos dados de pacientes neurocirúrgicos. As metanálises sobre esse distúrbio são obtidas na literatura radiológica, afinal, esta é a área que separa as lesões não neoplásicas das neoplasias verdadeiras.

Objetivo: Traçar a prevalência de tumores malignos encefálicos no estado de Santa Catarina do período de 2007–2017.

Métodos: Estudo epidemiológico de delineamento ecológico com a abrangência de toda região de Santa Catarina constituída por seis mesorregiões. Sendo a população estudada composta por dados de todas as pessoas notificadas através do sistema de Morbidade Hospitalar do Sistema Único de Saúde (SUS) como casos confirmados de tumores malignos encefálicos no ano de 2007 a 2017 no estado de Santa Catarina. Os dados foram obtidos através do TABNET do DATA/SUS, e organizados em planilha de Excel, filtrados e dispostos conforme as variáveis de estudo.

Resultados: Foram verificados 6.849 casos de neoplasias malignas do encéfalo no estado de Santa Catarina desde o ano de 2007 até 2017. O ano com mais casos constatados foi de 2016, com 865 casos. Entre as mesorregiões analisadas, a Grande Florianópolis apresentou o maior número de eventos, com 1.775 em comparação ao resto do estado. O caráter da internação é de urgência com 5.415 casos e o perfil epidemiológico é formado pelo sexo masculino e faixa etária entre 50 e 59 anos, totalizando 355 e 1.459 casos, respectivamente.

Conclusão: O estudo tem limitações de informações por ser ecológico, mas sabe-se da região com maior número de casos e ano (Florianópolis, 2016). Diante do exposto, mais estudos devem ser realizados para que se verifique a associação dos casos com possíveis fatores de risco.