CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672681
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Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Fusão de imagens de ressonância magnética de 1,5 tesla e 3 tesla para aplicação em cirurgia para Parkinson

Victor Hugo da Costa Benalia
1   Instituto de Neurologia de Curitiba
,
Murilo Sousa de Meneses
1   Instituto de Neurologia de Curitiba
,
Ricardo Ramina
1   Instituto de Neurologia de Curitiba
,
Sonival Cândido Hunhevicz
1   Instituto de Neurologia de Curitiba
,
Daniel Benzecry de Almeida
1   Instituto de Neurologia de Curitiba
,
Joseph Franklin Chenisz
1   Instituto de Neurologia de Curitiba
,
Leonardo Gilmone Ruschel
1   Instituto de Neurologia de Curitiba
,
Guilherme Augusto de Souza Machado
1   Instituto de Neurologia de Curitiba
› Author Affiliations
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: As abordagens cirúrgicas do tratamento da doença de Parkinson têm sido desenvolvidas, primariamente, em resposta às falhas do tratamento medicamentoso. A estimulação cerebral profunda (DBS) pela implantação de eletrodos intracerebrais por estereotaxia representam uma excelente opção de tratamento. A precisão da localização do alvo por imagem é fundamental no resultado dessa cirurgia.

Objetivo: Descrever uma série de sete pacientes com doença de Parkinson submetidos ao implante de DBS utilizando a Ressonância Magnética (RM) de 1,5 T com fusão de imagens obtidas previamente aparelho em RM de 3 T.

Metodologia: No dia anterior à cirurgia, um exame de RM de 3 T é realizado. No dia da cirurgia, com o arco estereotáxico fixado ao crânio do paciente, realiza-se exame de RM em aparelho de 1,5 T. Utilizando software apropriado, é realizada a fusão das imagens dos 2 exames, para a determinação anatômica da localização dos núcelos subtalâmicos (STNs). Com essa técnica, é possível a obtenção das coordenadas estereotáxicas pelo método direto de visualização dos STNs que são perfeitamente delimitados, assim como pelo método indireto, calculadas a partir das comissuras anterior e posterior e da parede do terceiro ventrículo. A seguir, o paciente é transferido novamente ao centro cirúrgico para o implante dos eletrodos de DBS nos STNs.

Resultados: Foram operados sete pacientes com método de imagens fusionadas com os aparelhos de 1,5 T e 3 T, que permitem reconstruções tridimensionais e melhor diferenciação do parênquima cerebral, de maneira que as características anatômicas dos STNs, núcleos da base, núcleo rubro e outros pontos anatômicos referenciais pudessem ser mais bem identificadas, possibilitando uma maior precisão ao procedimento. Em todos os casos, o implante de DBS foi bilateral, em cinco casos o alvo foi o núcleo subtalâmico, bilateralmente, um caso foi optado pelo núcleo subtalâmico esquerdo e um caso no globo pálido bilateral. A confirmação neurofisiológica e os resultados clínicos demonstram a segurança e acurácia do método de fusão de imagens.

Conclusão: A integração de duas modalidades de imagem (RM 1,5 T e RM 3 T) foi possível em plataforma computacional, a partir de imagens adquiridas na rotina pré-neurocirúrgica, demonstrando mais precisamente os alvos estereotáxicos para o procedimento do implante de eletrodo de estimulação cerebral profunda.