CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672673
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Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Auras como fator prognóstico em ressecção anterior do lobo temporal para esclerose mesial temporal

Rodrigo Antônio Rocha da Cruz Adry
1   Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto
,
Lucas Crociati Meguins
1   Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto
,
Carlos Umberto Pereira
2   Universidade Federal de Sergipe
,
Sebastião Carlos da Silva Júnior
1   Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto
,
Gerardo Maria de Araújo-Filho
1   Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto
,
Lúcia Helena Neves Marques
1   Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto
› Author Affiliations
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: A lobectomia temporal anterior para esclerose mesial temporal é uma medida muito eficaz para controlar epilepsia refratária temporal, e a probabilidade de estar livre de crises é de aproximadamente 70–90%. No entanto, 30% dos pacientes ainda apresentam convulsões após a cirurgia. Uma aura é um fenômeno ictal subjetivo que pode preceder uma crise observável. No entanto, poucos são os estudos que associam o fator prognóstico à aura, embora, sendo os sintomas iniciais das crises epilépticas, muitos tipos de auras têm um valor localizatório ou lateralizante significativo.

Objetivo: Este estudo levantou a hipótese de que o tipo de aura pré-operatória pode predizer o resultado pós-cirúrgico em pacientes com epilepsia do lobo tempora refratária devido à esclerose mesial temporal.

Métodos: Dos 1.214 pacientes avaliados para cirurgia no Centro de Epilepsia da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP), um centro terciário brasileiro de epilepsia, 400 foram submetidos à cortico-amigdalectomia para esclerose mesial temporal. O número e o tipo de auras foram analisados e comparados com a classificação de Engel para o desfecho.

Resultados: Analisando os pacientes pelo tipo de aura, aqueles que tiveram auras extratemporais tiveram pior resultado no pós-cirúrgico na classificação de Engel. Enquanto auras mesiais aparentemente é um bom fator prognóstico. Pacientes sem aura também tiveram pior prognóstico. Aura simples e múltipla não tinha diferença.

Conclusão: A fim de identificar os candidatos mais adequados para a lobectomia temporal, é muito importante considerar os fatores prognósticos associados ao aconselhamento favorável aos pacientes na prática diária.