CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672654
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Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Neuroestimulador medular no tratamento de dor testicular crônica: um relato de caso

Luisa Borges de Souza
1   Hospital da Força Aérea do Galeão
,
Gustavo Augusto Porto Sereno Cabral
1   Hospital da Força Aérea do Galeão
,
Orlando Teixeira Maia Junior
1   Hospital da Força Aérea do Galeão
,
Jorge Luiz Amorim Correa
1   Hospital da Força Aérea do Galeão
,
João Klescoski Junior
1   Hospital da Força Aérea do Galeão
,
Rodrigo Sodré Calheiros da Silva
1   Hospital da Força Aérea do Galeão
,
Rafael Pereira Vaitsman
1   Hospital da Força Aérea do Galeão
,
Rafael do Rego Barros Bittencourt Cunha
1   Hospital da Força Aérea do Galeão
,
Gustavo Pina dos Santos
1   Hospital da Força Aérea do Galeão
,
Othávio Gomes Lopes
1   Hospital da Força Aérea do Galeão
› Author Affiliations
Further Information

Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Apresentação de caso: Paciente de 65 anos com quadro de dor testicular crônica bilateral escala visual analógica (EVA) 9/10, em queimação, com irradiação para região inguinal, de 4 anos de evolução, após ressecção transuretral de próstata, com prejuízo nas atividades cotidianas. Realizou acompanhamento com clínica de dor, sendo tratado com analgésicos comuns, opioides e neuromoduladores, além de ter sido submetido a bloqueio testicular bilateral, entretanto a resposta foi temporária. Diante da refratariedade do quadro, foi submetido a implante de neuroestimulador medular, realizado sem intercorrências. Paciente apresentou evolução satisfatória após 6 meses, com EVA 4/10 e melhora da qualidade de vida.

Discussão: A dor crônica é um tema de grande importância em nosso meio devido ao seu impacto socioeconômico. Dentro desse âmbito, a neuroestimulação vem despontando como uma opção eficaz no manejo da dor visceral crônica. Tem como vantagem reduzir a dor sem apresentar os efeitos colaterais associados ao uso de analgésicos, além de uma boa relação custo-benefício a longo prazo, quando comparada ao tratamento conservador. Apesar disso, há ainda poucos casos na literatura que utilizem a neuroestimulação medular para o tratamento da dor testicular crônica. No caso apresentado, consideramos a pouca resposta ao tratamento conservador para indicar o implante, obtendo resultados favoráveis.

Comentários finais: Embora existam poucos relatos na literatura, observamos uma boa resposta terapêutica ao neuroestimulador no caso apresentado, indicando que essa possa ser uma boa opção em casos selecionados.