CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672616
E-Poster – Functional
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Paciente com diagnóstico misto de dor: ELA, SDM e radiculopatia lombar

Bruno Henrique Salomé
1   Universidade Anhembi Morumbi
,
Caroline Kawata Maeda
1   Universidade Anhembi Morumbi
,
Bruno Merlo Chaves
1   Universidade Anhembi Morumbi
,
Mariano Ebram Fiore
1   Universidade Anhembi Morumbi
,
Mário Vicente Campos Guimarães
1   Universidade Anhembi Morumbi
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Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: Pacientes com uma doença crônica pode dificultar o diagnóstico de novas doenças com sintomas similares. É importante relatar que é incentivado a buscar um diagnóstico único que cubra todos os sintomas e, por consequência, em casos de duas doenças simultâneas, é comum uma das duas – normalmente a mais aguda – ser ignorada.

Objetivo: Descrever um caso de um paciente com uma patologia neurológica de base que dificultou o diagnóstico inicial de um episódio doloroso com duas origens distintas.

Relato de caso: Paciente jovem de 27 anos, com diagnóstico de esclerose lateral amiotrófica há 6 meses, refere dores em região lombar, de início súbito com irradiação para membro inferior esquerdo, sem fatores de melhora. Quadro acompanha astenia. Ao exame físico, apresentava dor a mobilização cervical e a palpação da musculatura dessa região e foi encontrado um ponto de gatilho. Foi solicitada uma ressonância magnética nuclear de medula e uma eletroneuromiografia, que evidenciaram um quadro misto de Síndrome Miofascial associada com Radiculopatia lombar.

Comentarios finais: Diagnósticos mistos tem de ser cogitados nas hipoteses diagnósticas. Apesar da dificuldade de separar os sintomas de doenças com sintomas parecidos, o médico deve se ater à patologia, tendo pleno conhecimento do que procura. Assim, conseguindo facilmente contornar o problema da semelhança entre doenças, e dos sinais e sintomas das doenças e, por sua vez, trazendo um tratamento mais eficaz e melhoria da qualidade de vida para o paciente. Devemos ressaltar que a clínica é soberana no diagnóstico diferencial, mostrando o que procurar nos exames complementares. Sem esse norte, os exames complementares são desnecessários.