CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672550
E-Poster – Spine
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Estudo epidemiológico dos pacientes com mielopatia cervical em hospital de referência em 2017

Jeremias Gomes
1   Hospital da Restauração Governador Paulo Guerra
,
Deoclides Lima Bezerra Júnior
1   Hospital da Restauração Governador Paulo Guerra
,
Geraldo de Sá Carneiro Filho
1   Hospital da Restauração Governador Paulo Guerra
,
Gabriela Lisboa de Souza Ferraz
2   Universidade de Pernanbuco
,
Maria Carolina Neiva Mendonça
2   Universidade de Pernanbuco
,
Lívio Pereira de Macedo
1   Hospital da Restauração Governador Paulo Guerra
,
Hildo R. Cirne de Azevedo Filho
1   Hospital da Restauração Governador Paulo Guerra
› Author Affiliations
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: Mielopatia cervical é a lesão da medula espinhal devido a compressão da medula espinal, em consequência de alterações degenerativas (espondiloartrose) ou meganismo traumáticos, que promovem a diminuição do espaço que a medula ocupa no canal vertebral. Ela pode se manifestar com fraqueza muscular, principalmente em membros superiores, espaticidade, perda de equilíbrio e incontinência urinária. A mielopatia cervical é uma patologia multifatorial, com componentes estáticos (mecânicos) e dinâmicos. O tratamento cirúrgico está indicado quando há sintomas neurológicos e alterações patológicas na medula cervical, tendo como objetivos: a descompressão medular e radicular, a estabilização da hipermobilidade e a obteção do alinhamento sagital vertebral.

Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes admitidos com mielopatia cervical em Hospital de referência em Pernambuco. Comparar utilizando Nurick Scale o desfecho clínico desses pacientes.

Método: Foi realizada uma busca retroativa de prontuários de pacientes admitidos com mielopatia cervical em Hospital de referência em Pernambuco em 2017. Em seguida, realizado uma avaliação epidemiológica desses pacientes, e o desfecho clínico através da pontuação do Nurick. Os dados foram digitados na planilha EXCEL e programa estatístico utilizado para obtenção dos cálculos estatísticos foi o SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) na versão 21.

Resultados: No total foram coletados os dados de 27 pacientes. A idade média foi de 56,6 anos, e metade deles tinha mais de 50 anos. Cerca de 45,8% deles foram vítimas de trauma e cerca de 54,1% tiveram déficit progressivo. Apenas cerca de 20,8% desses pacientes foram submetidos a tratamento conservador. Dos que fizeram cirúrgico, 35% (7) fizeram por via anterior, 55% (110 por via posterior e 8,3% (2) por dupla via. Três foram submetidos à corpectomia e artrodese, 3 fizeram apenas artrodese, 8 fizeram laminectomia e artrodese, 1 fez apenas discectomia e 2 fizeram discectomia e artrodese. A maioria dos pacientes 29,6% foram classificadas com Nurick 5 na admissão.

Conclusão: Em síntese os pacientes que foram submetidos à cirurgia para descompressão medular tiveram o melhor desfecho clínico.