CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672538
E-Poster – Spine
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Fatores de risco relacionados com aumento de biomarcadores de lesão muscular nas cirurgias de coluna lombar via posterior

Gabriel Pereira Escudeiro
1   HUAP
,
Stela Taylor
2   HUCFF
,
Renan Salomão
2   HUCFF
,
Carlos Lima
2   HUCFF
,
Bruno Spindola Maral Garcia de Freitas
1   HUAP
,
Raissa Mansilla Cabrera Rodrigues
1   HUAP
,
José Alberto Landeiro
1   HUAP
,
Marcus André Acioly
1   HUAP
› Author Affiliations
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: A lesão muscular é uma condição sine qua non para as exposições cirúrgicas da coluna vertebral, sendo quantificada indiretamente com a elevação sérica da creatinofosfoquinase (CPK). Embora seja um fenômeno bem conhecido durante cirurgias de descompressão in situ e nas discectomias, a magnitude da lesão muscular na artrodese posterolateral (APL) da coluna lombar, bem como a dinâmica da elevação e da queda dos níveis séricos nesses procedimentos ainda estão por ser definidos.

Métodos: Trinta e nove pacientes consecutivos foram submetidos à cirurgia para tratamento da doença degenerativa da coluna lombar. Os participantes do estudo foram divididos em dois grupos: APL e descompressão in situ. Foram coletados dados demográficos, laboratoriais e clínicos. As dosagens séricas foram analisadas em cinco momentos distintos.

Resultados: Os pacientes submetidos à APL apresentaram níveis mais elevados de CPK pós-operatórios. De uma forma geral, 43,6% dos pacientes desenvolveram rabdomiólise (RM). Os picos de CPK e de creatinina prevaleceram no primeiro dia pós-operatório (69,2% e 87,5%, respectivamente), embora um pico tardio de CPK tenha sido identificado no terceiro dia em 20% dos pacientes. Os estudos de correlação com as variáveis clínicas comprovaram o papel da invasividade da cirurgia (p = 0,004), do número de níveis operados (p = 0,029), do tempo cirúrgico (p = 0,024) e da queda da hemoglobina (p = 0,026) no desenvolvimento de RM.

Conclusões: O conhecimento da dinâmica das alterações bioquímicas pós-operatórias em decorrência da injúria muscular permite a padronização dos períodos das dosagens, evitando custos desnecessários. A significância clínica desses achados permanece desconhecida.