CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672518
E-Poster – Spine
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Tumores espinhais intradurais extramedulares: série de casos com revisão bibliográfica

Cícero Diego Sampaio Cabral
1   Beneficência Portuguesa de São Paulo
,
Carlos Vanderlei Medeiros de Holanda
1   Beneficência Portuguesa de São Paulo
,
Carlos Alberto Afonso Ribeiro
1   Beneficência Portuguesa de São Paulo
,
Lievin Luz Carvalho
1   Beneficência Portuguesa de São Paulo
,
Benedito Jamilson Pereira Araújo
1   Beneficência Portuguesa de São Paulo
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: Tumores da medula espinhal apresentam prevalência de 3–10 por 100.000 habitantes por ano. São predominantemente originários de células da bainha nervosa. Tumores intradurais extramedulares respondem por aproximadamente 30% de todos os tumores espinhais, sendo que meningiomas e neurinomas respondem pela maioria deles (90%). Os 10% restantes são divididos em uma grande variedade de tumores. Anatomicamente o ependimoma de filo terminal também entra nesta classificação.

Objetivo: O propósito deste estudo é mostrar a epidemiologia dos tumores intradurais extramedulares, estratégia terapêuticas e planejamentos cirúrgicos para estes tumores.

Materiais e métodos: De janeiro de 2006 a março de 2012, o departamento de coluna da equipe CENNA atendeu cerca de 4.500 pacientes, sendo que destes dez apresentavam tumores intradurais. Todos os pacientes foram submetidos à ressonância magnética da coluna vertebral, todos os pacientes tiveram seus casos discutidos com equipe de radiologia e, subsequentemente, traçado planejamento cirúrgico pelo departamento de coluna da equipe. Todos foram submetidos a tratamento cirúrgico, com material enviado para anatomo-patológico.

Resultados: Os resultados da biópsia, mostraram a seguinte estatística: 40% eram schwannomas; 20%, meningiomas; 20%, lipomas; e 20%, ependimomas. Todos os pacientes apresentaram ressecção completa dos tumores, comprovados com ressonância magnética de controle. Apenas um desses pacientes apresentou complicação pós-operatória, com fístula e meningite, que foi tratada e o paciente recebeu alta curado da infecção. Todos tiveram acompanhamento ambulatorial, 90% dos pacientes apresentaram recuperaram completamnete seus sintomas, apenas um paciente apresentou sequela da raiz de C6. Nenhum paciente apresentou necessidade de tratamento adjuvante.

Conclusão: Apesar de raros e com bons prognósticos, estes tumores apresentam complicações neurológicas importantes, devido à compressão medular que eles exercem. O objetivo da cirurgia é a descompressão medular e a exérese completa da lesão.