CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672474
E-Poster – Skull Base
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Prevalência anatomopatológica de lesões selares após ressecção transesfenoidal endoscópica em serviço de referência

Jordan Câmara Moura
1   Hospital São José do Avaí
,
Carlos Eugênio Monteiro de Barros
1   Hospital São José do Avaí
,
Jhoney Francieis Feitosa
1   Hospital São José do Avaí
,
Edson Bernaldino Neto
1   Hospital São José do Avaí
,
Henrique Pinto Silva Alves
1   Hospital São José do Avaí
,
Pedro Nunes Boechat
1   Hospital São José do Avaí
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Publikationsverlauf

Publikationsdatum:
06. September 2018 (online)

 

Os tumores da região selar correspondem a aproximadamente 10% dos tumores intracranianos, dos quais aproximadamente 90% são adenomas hipofisários. A maioria dos tumores são lesões benignas provenientes da hipófise anterior (adenohipófise). O pico de incidência ocorre entre a 3a e 4a décadas de vida, e a prevalência é idêntica entre homens e mulheres. Os tumores hipofisários podem ser classificados de diversas maneiras. Segundo Hardy: pelo seu tamanho (macroadenomas > 10 mm e microadenomas < 10 mm) e pelo seu grau de invasibilidade. Podem ainda ser classificados pela sua funcionalidade e pela presença ou não de malignidade. Para este estudo retrospectivo, foi realizado o levantamento de prontuário e análise de laudo anatomopatológico de todos os 59 pacientes submetidos à ressecção de lesões selares por via transesfenoidal endoscópica durante um período de 39 meses, de janeiro de 2015 a abril de 2018, em serviço único de referência. Foram analisados os seguintes dados: idade do paciente no ato cirúrgico, sexo e laudo anatomopatológico. Um paciente foi excluído do estudo por falta do resultado da patologia. Nosso objetivo foi identificar o perfil anatomopatológico das lesões selares de nosso serviço no período citado. A média de idade dos pacientes foi de 46 anos (3–77 anos), sendo a maioria mulheres (63,79%). Dos 58 pacientes incluídos no trabalho, os tipos histológicos mais comuns foram adenomas (70,69%), seguidos de neoplasias pouco diferenciadas (8,62%), meningeomas (6,9%), craniofaringeomas (6,9%), cordomas (3,45%), cisto de bolsa de Rathke (1,72%) e gliomas de haste hipofisária (1,72%). Concluímos que nossa incidência de adenomas hipofisários, apesar de ser a maioria das lesões identificadas, é menor que o da literatura atual. O achado possivelmente decorre de uma seleção dos casos, uma vez que a maioria dos pacientes são referenciados de outros serviços.