CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672410
E-Poster – Anatomy & Approaches
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Experiência inicial de um serviço com monitoração intraoperatória em neurocirurgia

Carlos Roberto Massella
1   Hospital Militar de Área de São Paulo
,
Marcus Vinicius de Morais
1   Hospital Militar de Área de São Paulo
,
Raphael Esteves Veiga
1   Hospital Militar de Área de São Paulo
,
José Cláudio Monteiro Rodrigues Filho
1   Hospital Militar de Área de São Paulo
,
Hykaro Leonelli Thiers Rister
1   Hospital Militar de Área de São Paulo
,
Romulo Almino de Alencar Arrais Mota
1   Hospital Militar de Área de São Paulo
,
Rafael Duarte de Souza Loduca
1   Hospital Militar de Área de São Paulo
,
Thais Aparecida da Silva Marques
1   Hospital Militar de Área de São Paulo
,
André Dias Moreira e Silva
1   Hospital Militar de Área de São Paulo
,
Paulo Mácio Porto de Melo
1   Hospital Militar de Área de São Paulo
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: A monitoração neurofisiológica intraoperatória (MNIO) apresenta eficácia estabelecida na literatura médica mundial. É um instrumento na detecção precoce de alterações neurofisiológicas que precedem as lesões neurológicas decorrentes do trauma cirúrgico, no momento em que ainda podem ser revertidas. Apesar da eficácia bem estabelecida da monitoração neurofisiológica intraoperatória, seu uso não é rotineiro em todos os serviços do Brasil. Este estudo relata a experiência inicial de um serviço utilizando a MNIO em cirurgias da coluna e do crânio.

Objetivo: Relatar a experiência inicial do uso da monitoração neurofisiológica intraoperatória no período de 2 anos.

Resultados: Utilizamos a monitoração neurofisiológica intraoperatória para procedimentos de coluna cervical, coluna lombar, correção de escoliose, aneurisma cerebral e tumores intracranianos. Foram realizadas nove MNIO para cirurgias de clipagem de aneurismas cerebrais, oito MNIO nas cirurgias para tumores intracranianos, dez MNIO para cirurgias de coluna cervical, 21 lombares, e oito MNIO para correção de escoliose. Foi registrada a presença ou ausência de déficit neurológico clínico ou detectado previamente pela MNIO. Nos pacientes que se mostravam com alteração do potencial previamente à cirurgia, durante o procedimento neurocirúrgico, observou-se melhora do padrão do potencial, permitindo, portanto, a avaliação imediata. A MNIO foi importante para avaliarmos possíveis déficits iatrogênicos que poderiam ocorrer durante o procedimento, e, portanto, foi interrompido o procedimento, não ocorrendo o dano neurológico. Em todos os nossos casos a MNIO foi de extrema importância, e todos os pacientes saíram melhores e sem déficit neurológico.

Conclusão: O objetivo principal da monitoração intraoperatória é tentar diminuir os riscos do procedimento cirúrgico, que pela patologia em si, ou pela sua manipulação, podem produzir ou agravar lesões do sistema nervoso central ou periférico. A MNIO, além de assegurar maior segurança para o paciente, mostra-se eficaz como um indicativo de melhora pós-cirúrgica, proteção jurídica e também falha cirúrgica.