CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672393
Oral Presentation – Vascular
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Craniotomia nanopterional para tratamento de aneurismas cerebrais rotos da circulação anterior

Caio Henrique Zacchi Martucci
1   HC-FM-USP
,
Maurício Mandel
1   HC-FM-USP
,
Jefferson Rossi
1   HC-FM-USP
,
Eberval Gadelha Figueiredo
1   HC-FM-USP
,
Francisco Del Rosario Matos Ureña
1   HC-FM-USP
,
Saul Almeida da Silva
1   HC-FM-USP
,
Ricardo Ferrareto Iglesio
1   HC-FM-USP
,
Manoel Jacobsen Teixeira
1   HC-FM-USP
› Author Affiliations
Further Information

Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: A craniotomia pterional representa o padrão-ouro em termos de exposição cirúrgica para clipagem de aneurismas da circulação anterior. Entretanto, diversas são as descrições de redução da craniotomia pterional, sendo hoje aceito que a craniotomia minipterional é uma alternativa segura para o tratamento desses pacientes. Reduções da craniotomia minipterional já foram descritas, mas não de forma padronizada.

Objetivo: Descrever de forma padronizada a redução da craniotomia minipterional (craniotomia nanopterional) e sua aplicação no tratamento de pacientes com aneurismas rotos da circulação anterior.

Métodos: Vinte e cinco pacientes com diagnóstico de hemorragia subaracnóidea aguda (HSA) espontânea foram submetidos a uma craniotomia minipterional reduzida (craniotomia nanopterional) para clipagem de aneurismas da circulação anterior no período de janeiro de 2015 a fevereiro de 2018. Nenhum paciente com aneurisma gigante (> 2,5 cm) ou pacientes com hematomas intraparenquimatosos foram incluídos nesta série de casos. Nos casos com hidrocefalia associada, sempre foi utilizada monitoração de pressão intracraniana com derivação ventricular externa antes da craniotomia. Foram avaliados comprimento da incisão e diâmetro da craniotomia, bem como intercorrências cirúrgicas imediatas e tardias, lesão definitiva do ramo frontal do nervo facial, tempo de internação, de evolução clínica e Glasgow Outcome Scale (GOS).

Resultados: O comprimento médio de incisão foi de 4,1 cm, e o diâmetro médio de craniotomia, 3 cm. Seis pacientes apresentaram sangramento intraoperatório com necessidade de clipagem temporária. Cinco pacientes evoluíram com vasoespamo, e dois, com hidrocefalia com necessidade de derivação ventricular. Apenas um paciente apresentou lesão definitiva do nervo facial. O tempo médio de internação foi de 13 dias. Três pacientes apresentaram GOS de 1, um paciente apresentou GOS de 3, e outro, GOS de 4. Todos os demais apresentaram GOS igual a 5.

Conclusão: A craniotomia nanopterional é um procedimento seguro e oferece adequada exposição cirúrgica com redução de trauma cirúrgico nos casos de HSA espontânea secundária a ruptura de aneurismas pequenos da circulação anterior.