CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672380
Oral Presentation – Pediatrics
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Aneurismas cerebrais em pacientes pediátricos: série de casos

Renata Ferreira de Souza
1   Santa Casa de Belo Horizonte
,
Bruno Silva Costa
1   Santa Casa de Belo Horizonte
,
Breno Bezerra Arruda Câmara
1   Santa Casa de Belo Horizonte
,
Marco Aurélio Vieira Couto
1   Santa Casa de Belo Horizonte
,
Leyzeane Marques do Nascimento
1   Santa Casa de Belo Horizonte
,
Danilo Malta Batista
1   Santa Casa de Belo Horizonte
,
Marcelo de Azevedo Silva Filho
1   Santa Casa de Belo Horizonte
,
Diego da Silveira
1   Santa Casa de Belo Horizonte
,
Henrique Moura Braga
1   Santa Casa de Belo Horizonte
› Author Affiliations
Further Information

Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Apresentação: Seis casos entre janeiro de 2014 e fevereiro de 2018 na Santa Casa de Belo Horizonte. Caso 1: 4 meses, irritabilidade, abaulamento de fontanela, paresia direita e convulsão. Tomografia de crânio demonstrou hemorragia subaracnóidea espontânea (HSAE) com aneurisma de artéria cerebral média (ACM) esquerda. Caso 2: 10 anos, cefaleia, dor abdominal seguida de hemiparesia esquerda. Aneurisma de ACM à direita. Caso 3: 2 meses, sonolência e crises convulsivas. Hematoma frontal esquerdo. Aneurisma de ACM esquerda. Caso 4: 12 anos, cefaleia súbita e sonolência, HSAE Fischer 2. Aneurisma de artéria comunicante anterior. Caso 5: 13 anos, cefaleia súbita. Propedêutica demonstrou aneurisma de bifurcação de artéria carótida interna direita. Caso 6: 7 meses, queda da cama com rebaixamento do sensório. Ressonância com sangramento no ventrículo IV. Aneurisma de artéria cerebelar posterior inferior à direita.

Discussão: Aneurismas cerebrais em pacientes pediátricos correspondem entre 0,5 a 4,6% em menores de 18 anos. Trata-se de uma patologia rara, sendo raríssima em lactentes e crianças pequenas. Literatura com 131 casos entre 1966 e 2005, em crianças menores de 1 ano. Em adultos, temos uma série de fatores de risco que influenciam na gênese dos aneurismas. A patogênese nos aneurismas pediátricos é menos clara. Não há evidência de aneurismas congênitos. A artéria carótida interna é a localização mais frequente. A mortalidade é semelhante em adultos. Os aneurismas saculares devem ser sempre tratados.

Comentários finais: Por se tratar de patologia rara, ainda não se tem definido qual o melhor tipo de estratégia e como se dá a evolução desses pacientes. Em lactentes, a técnica cirúrgica é mais difícil, porém os resultados são melhores. Importante sempre pesquisar colagenoses e vasculites.