CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672367
Oral Presentation – Peripheral Nerve
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Estudo anatomorradiológico do sulco do nervo ulnar com tomografia computadorizada multiplanar

Lucas de Queiroz Chaves
1   Unifesp
,
Marcus André Acioly de Souza
2   Universidade Federal Fluminense
,
Fábio Henrique Pinto da Silva
3   Hospital Naval Marcílio Dias
,
Giuliana Vasconcelos de Souza Fonseca
3   Hospital Naval Marcílio Dias
,
Luana Gomes Figueiredo
4   Hospital Federal da Lagoa
,
Eduardo Giardini Rodovalhe Pereira
5   Instituto Estadual do Cérebro
,
Gonzalo Castillo Pérez
5   Instituto Estadual do Cérebro
› Author Affiliations
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: A síndrome do túnel cubital é a segunda neuropatia compressiva mais comum do membro superior. A compressão contra o epicôndilo medial do úmero consiste em uma das causas mais relacionadas à síndrome do túnel cubital em virtude da fricção, do alongamento, da compressão e da tração do nervo ulnar em seu trajeto por essa estrutura. As opções de tratamento cirúrgico são a descompressão simples, a descompressão acompanhada da epicondilectomia medial do úmero e a transposição subcutânea ou submuscular do nervo ulnar. As causas da subluxação do nervo ulnar no cotovelo são a ruptura ou frouxidão do retináculo do túnel cubital, a presença de um sulco raso do epicôndilo medial do úmero ou cubitus valgus.

Objetivo: Elaborar uma classificação do epicôndilo medial, do sulco cubital e do túnel cubital após a análise criteriosa da tomografia computadorizada multiplanar do cotovelo de forma a orientar a conduta terapêutica.

Metodologia: Voluntários de diferentes idades foram convidados a participar do estudo mediante consentimento livre e esclarecido. Realizaram tomografia computadorizada do cotovelo direito com cortes finos e reconstrução multiplanar e tridimensional. Os indivíduos que sofreram fratura ou cirurgia no cotovelo, que apresentaram deformidades congênitas ou neuropatia ulnar previamente diagnosticada foram excluídos. As medidas de espessura, extensão e área do epicôndilo medial, assim como ângulo e área do sulco e túnel cubital, foram analisadas e comparadas entre si. O estudo foi submetido e aprovado pelo comitê de ética correspondente.

Resultados: Utilizando o método de correlação de Spearman, observou-se correlação positiva e significativa na análise da espessura, extensão e área do epicôndilo medial. Foi identificada, por meio do Kruskal Wallis com post hoc Dunn, diferença significativa entre os grupos de indivíduos de 18 a 20 anos e os de 60 anos ou mais, quanto a espessura do epicôndilo e a extensão do epicôndilo. Foi observada correlação significativa entre a espessura do epicôndilo medial e extensão do epicôndilo medial, área do epicôndilo medial, área do túnel cubital e área do sulco cubital. A extensão do epicôndilo medial também apresentou correlação significativa com a área do epicôndilo medial e a área do sulco cubital.

Conclusão: O presente estudo encontrou diversas relações significativas entre as medidas estudadas, facilitando, assim, a melhor avaliação na decisão do tratamento para a compressão do nervo ulnar no cotovelo.