Abstract
The mortality rates of subarachnoid hemorrhage (SAH) average 51%, and survivors frequently
experience acute and long-term neurological conditions, including seizures and epilepsy.
The incidence of post SAH-related seizures and epilepsy, its risk factors, outcomes
and management are controversial. The present paper aims to discuss these aspects,
to provide the pros and cons of different management options of this condition. A
review on PubMed was performed encompassing the incidence of seizures and epilepsy
following SAH, the risk factors for its occurrence, its related outcomes, and treatment.
The incidence of seizures and epilepsy following SAH varies widely in the literature
(from 6 to 26%). Some possible risk factors were identified, such as middle cerebral
artery (MCA) aneurysm, Hunt and Hess grade III, aneurysm clipping, thick subarachnoid
clot, intracerebral hemorrhage, rebleeding, ischemic brain infarction, Fisher grade
III or IV, acute hydrocephalus, hypertension history and poor World Federation of
Neurosurgical Societies (WFNS) grade. Nevertheless, these relations are frequently
uncertain. Also, it appears that the outcome of patients who suffered SAH is worsened
by seizures. Given these uncertainties, the need for antiepileptic drug (AED) prophylaxis,
the choice of the best drug and dose, as well as the duration of the treatment are
controversial topics. However, some recommendations based on low quality evidence
are reasonable to be adopted. These include considering AED prophylaxis when a seizure
occur after SAH, considering routine long-term AED prophylaxis in specific populations,
considering electroencephalogram (EEG) monitoring, and avoiding phenytoin prescription.
That is, an individualized approach appears to be the best option, since there is
no high-quality evidence.
Resumo
As taxas de mortalidade da hemorragia subaracnoide (HSA) são de 51%, e os sobreviventes
frequentemente sofrem condições neurológicas agudas e em longo prazo, incluindo convulsões
e epilepsia. A incidência de convulsões e epilepsia após HSA, seus fatores de risco,
desfecho e tratamento são controversos. O presente artigo pretende discutir esses
aspectos para fornecer os prós e os contras de diferentes opções de manejo dessa condição.
Realizou-se uma revisão no PubMed, englobando a incidência de convulsões e epilepsia
após HSA, os fatores de risco para a sua ocorrência, seu desfecho e tratamento. A
incidência de convulsões e epilepsia após HSA varia amplamente na literatura (de 6
a 26%). Alguns possíveis fatores de risco foram identificados, como aneurisma da artéria
cerebral média (ACM), Hunt e Hess grau III, clipagem do aneurisma, coágulo subaracnoide
espesso, hemorragia intracerebral, ressangramento, isquemia cerebral, Fisher grau
III ou IV, hidrocefalia aguda, história de hipertensão e uma pontuação desfavorável
na escala da Federação Mundial de Sociedades de Neurocirurgia (WFNS, na sigla em inglês).
Entretanto, essas relações frequentemente são incertas. Além disso, os pacientes que
apresentam convulsões após HSA parecem ter pior desfecho. Devido a essas incertezas,
a necessidade de profilaxia com anticonvulsivantes, a escolha do melhor fármaco e
posologia, e a duração do tratamento são controversos. Contudo, algumas recomendações
baseadas em evidências de baixa qualidade podem ser adotadas. Elas incluem considerar
profilaxia com anticonvulsivantes para convulsões pós HSA, considerar profilaxia rotineira
em longo prazo em populações específicas após HSA, considerar monitoramento com eletroencefalograma
(EEG), e evitar a prescrição de fenitoína. Ou seja, uma abordagem individual parece
a melhor opção até que haja evidências de alta qualidade.
Keywords
subarachnoid hemorrhage - epilepsy - incidence - risk factors - anticonvulsants -
prognosis
Palavras-chave
hemorragia subaracnoidea - epilepsia - incidência - fatores de risco - anticonvulsivantes
- prognóstico