Abstract
Objective To evaluate the prevalence of adherence to screening methods for breast and cervical
cancer in patients attended at a university hospital and to investigate whether knowing
someone with breast cancer, moreover belonging to the patient's family, affects the
adherence to the screening recommendations.
Methods This was a cross-sectional and quantitative study. A structured interview was applied
to a sample of 820 women, between 20 and 69 years old, who attended a university hospital
in the city of Juiz de for a, MG, Brazil. For the analysis, the chi-square test was
used to assess possible associations between the variables, and the significance level
was set at p-value ≤ 0.05 for a confidence interval (CI) of 95%.
Results More than 95.0% of the sample performed mammography and cervical cytology exam; 62.9%
reported knowing someone who has or had breast cancer, and this group was more likely
to perform breast self-examination (64.9%; odds ratio [OR] 1.5; 95% CI 1.12–2.00),
clinical breast examination (91.5%; OR 2.11; 95% CI 1.37–3.36), breast ultrasound
(32.9%; OR 1.81, 95% CI 1.30–2.51), and to have had an appointment with a breast specialist
(28.5%; OR 1.98, 95% CI 1.38–2.82). Women with family history of breast cancer showed
higher propensity to perform breast self-examination (71.0%; OR 1.53 95% CI 1.04–2.26).
Conclusion There was high adherence to the recommended screening practices; knowing someone
with breast cancer might make women more sensitive to this issue as they were more
likely to undergo methods which are not recommended for the screening of the general
population, such as breast ultrasound and specialist consultation; family history
is possibly an additional cause of concern.
Resumo
Objetivos Avaliar a prevalência da adesão aos métodos de rastreamento dos cânceres de mama
e de colo uterino em pacientes atendidas em um hospital universitário e investigar
se conhecer alguém com câncer de mama e, o fato de este pertencer à família, modifica
a adesão às recomendações de rastreamento.
Métodos Estudo transversal e quantitativo. Uma entrevista estruturada foi aplicada a uma
amostra de 820 pacientes do sexo feminino, entre 20 e 69 anos, usuárias de um hospital
universitário na cidade de Juiz de Fora, MG. Para a análise, o Teste Qui-quadrado
foi usado para avaliar a possibilidade de associação entre as varáveis, e o valor
de significância foi determinado em valor-p ≤ 0,05 para um intervalo de confiança (IC) de 95%.
Resultados Mais de 95,0% da amostra realizava os exames de mamografia e colpocitologia; 62,9%
relataram conhecer alguém que teve ou tem câncer de mama, sendo que este grupo realizou,
com maior frequência, autoexame (64,9%; razão de prevalência [RP] 1,5; IC 95% 1,12–2,00),
exame clínico (91,5%; RP 2,11; IC 95% 1,37–3,36) e ultrassonografia das mamas (32,9%;
RP 1,81, IC 95% 1,30–2,51) e consulta ao mastologista (28,5%; RP 1,98, IC 95% 1,38–2,82).
Mulheres com história familiar de câncer de mama realizaram com maior prevalência
o autoexame das mamas (71,0%; RP 1,53 IC 95% 1,04–2,26).
Conclusão A amostra apresentou elevada adesão aos métodos de rastreamento preconizados; conhecer
alguém com câncer de mama pode tornar as mulheres mais sensíveis a essa questão, aumentando
a realização de medidas não recomendadas para o rastreamento da população geral, como
ultrassonografia das mamas e consulta com médico especialista; a história familiar
possivelmente implica em um fator de preocupação adicional.
Keywords
mass screening - breast neoplasms - breast self-examination - uterine cervical neoplasms
- public health
Palavras-chave
programas de rastreamento - neoplasias da mama - autoexame de mama - neoplasias do
colo do útero - saúde pública