CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2000; 19(03): 128-130
DOI: 10.1055/s-0038-1623297
Artigos Originais
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Aneurismas paraclinóides: Experiência com 25 casos

Paraclinoid carotid artery aneurysms. Considerations about 25 cases
Francisco F. Ramos
,
Arnaldo Ferreira
,
Raimundo N. de Sá Filho
,
Marcos Alcino S. S. Marques
,
Arquimedes C. Cardoso
,
Manoel Baldoino Leal Filho
Further Information

Publication History

Publication Date:
11 January 2018 (online)

Resumo

Os autores apresentam experiência com 25 casos de aneurismas paraclinóides, tratados entre janeiro de 1995 e janeiro de 1998; fazem parte da casuística 270 aneurismas operados nesse período.

Utilizou-se a técnica divulgada por Dolenc, com exposição da artéria carótida cervical ipsilateral para todos os casos de aneurismas gigantes. A média de idade foi de 45 anos; 84% tiveram hemorragia subaracnóidea, 20%, algum déficit visual e 8%, amaurose. Com relação à escala de Hunt-Hess, 20% foram admitidos com escore IV ou V. A incidência de aneurismas múltiplos foi 36%, 24% foram considerados grandes e 40%, gigantes. Todos foram operados após a primeira semana e a grande maioria foi operada entre a segunda e a quarta semanas após o sangramento. Dos 25 casos operados, em 12% houve sangramento durante a microdissecção e, em outros 12%, utilizou-se a clipagem temporária programada.

O resultado do tratamento foi excelente em 40%, bom em 24%, 16% ficaram com déficit visual (adquirido no pré-operatório), em 16% houve seqüelas graves e houve um óbito, correspondendo à mortalidade de 4%. Na experiência dos autores, a exposição da artéria carótida na região cervical, para os aneurismas gigantes, a ressecção da apófise clinóide anterior e a exposição da artéria carótida distal ao aneurisma foram os pontos mais importantes na tática cirúrgica dos casos citados.

Abstract

The authors present their experience with 25 cases of paraclinoid carotid aneurysms. This series is a part of a total of 270 aneurysms operated between January 1995 and January 1998.

The surgical approach described by Dolenc was adopted in all the cases; cervical carotid artery was exposed in giant aneurysm cases. The median age of the patients was 45 years; 84% have had subarachnoid hemorrhage, 20% partial visual defict and 8% a total visual loss. According to Hunt-Hess scale, 20% were admitted in grade IV or V. The incidence of multiple aneurysms was 36%; 24% were large and 40% giant. All the patients were operated after the first week of the hemorrhage, the majority between the second and the fourth week. Intraoperative bleeding of the aneurysm occurred in 12%, during the microdissection.

The results of the surgical treatment were excellent in 40%, good in 24%, poor in 16%; 16% had visual defict (presented before surgery). The mortality rate was 4% (one patient).

The authors based on their experience recommend that, in the operative procedure of giant paraclinoid carotid aneurysms, the cervical carotid artery must be exposed, the clinoid process resected and the carotid artery distal to the aneurysm visualized.