Open Access
CC-BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ginecol Obstet 2017; 39(04): 155-161
DOI: 10.1055/s-0037-1601883
Original Article
Thieme-Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

High Blood Pressure during Pregnancy is not a Protective Factor for Preterm Infants with Very Low Birth Weight. A Case-Control Study

Hipertensão arterial na gestação não é fator de proteção para recém-nascidos prematuros de muito baixo peso ao nascer. Um estudo caso controle
Annibal Tagliaferri Sabino
1   Departament of Obstetrics, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, Brazil
,
Eduardo de Souza
1   Departament of Obstetrics, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, Brazil
,
Ana Lucia Goulart
2   Departament of Pediatrics, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, Brazil
,
Adriana Martins de Lima
2   Departament of Pediatrics, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, Brazil
,
Nelson Sass
1   Departament of Obstetrics, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, Brazil
› Author Affiliations
Further Information

Publication History

10 October 2016

18 January 2017

Publication Date:
13 April 2017 (online)

Preview

Abstract

Objective To evaluate whether the presence of maternal blood pressure reduces the risks of morbidity, perinatal mortality and morbidity at 24 months of age in very low birth weight infants (VLBWIs) compared with a control group.

Methods A retrospective, observational, case-control study. Total 49 VLBWIs were allocated to the study group, called the maternal arterial hypertension group (AHG), and matched with 44 in the control group (CG). The infants were assessed during hospitalization and at 12 and 24 months corrected age at a specialized clinic. For the assessment of growth, the World Health Organization (WHO) Anthro software (Geneva, 2006) was used, and for the psychomotor assessment, the Denver II test was used.

Results In relation to the antenatal variables, the infants of the AHG had more centralized circulation assessed by Doppler, received more corticosteroids and magnesium sulfate, and were born by cesarean section more frequently. In terms of the postnatal and in-hospital outcomes, the AHG had a higher gestational age at birth (30.7 versus 29.6 weeks) and a lower frequency of 5-minute Apgar scores of less than 7 (26.5% versus 52.3%). The CG had a higher rate of pulmonary dysplasia (30.2% versus 8.3%). There were no differences in terms of hospital mortality, complications, somatic growth and functional problems at 24 months of corrected age.

Conclusion The presence of maternal hypertension, especially preeclampsia, was not a protective factor against morbidity, mortality and evolution in VLBWIs aged up to 24 months. Therefore, the clinical practice should be focused on prolonging the pregnancy for as long as possible in these conditions as well.

Resumo

Objetivo Avaliar se a presença de hipertensão arterial materna reduz os riscos de morbidade, mortalidade perinatal e morbidade aos 24 meses de idade em recém-nascidos de muito baixo peso (RNMBPs) em relação a um grupo controle.

Métodos Estudo retrospectivo, observacional, caso controle. Foram alocados 49 RNMBPs no grupo de estudo, chamado de grupo com hipertensão arterial materna (GHA), e 44 no grupo controle (GC), avaliados durante a internação hospitalar e aos 12 e 24 meses de idade corrigida em ambulatório especializado. Para avaliação do crescimento, foi adotado o programa WHO Anthro, e o teste de desenvolvimento de Denver II para a avaliação psicomotora.

Resultados Em relação às variáveis antenatais, fetos do GHA apresentaram mais centralização da circulação avaliada pelo Doppler, receberam mais corticosteroides e sulfato de magnésio, além de terem nascido mais por cesáreas. Quanto aos desfechos pós-natais e durante a internação, o GHA teve idade gestacional de nascimento maior (30,7 × 29,6 semanas) e menor frequência de boletim de Apgar no quinto minuto inferior a 7 (26,5% x 52,3%). Entre as complicações avaliadas, o GC teve maior frequência de displasia pulmonar (30,2 × 8,3%). Não houve diferenças em relação à mortalidade hospitalar, ao crescimento somático e às complicações funcionais aos 24 meses de idade corrigida.

Conclusão A presença de hipertensão arterial materna, em especial a pré-eclâmpsia, não foi fator de proteção quanto à morbidade, mortalidade e evolução até os 24 meses de idade em RNMBPs. Desta forma, a prática clínica deve ser voltada para garantir o maior prolongamento possível da gestação também nestas condições.