CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2019; 54(05): 587-590
DOI: 10.1016/j.rbo.2017.12.014
Artigo Original | Original Article
Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Published by Thieme Revnter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Anatomia da escápula aplicada à abordagem cirúrgica posterior: Parâmetros de segurança durante acesso ao ângulo lateral[*]

Article in several languages: português | English
Miguel Pereira da Costa
1   Grupo de Ombro e Cotovelo, Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
,
André Canal Braga
1   Grupo de Ombro e Cotovelo, Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
,
Rogério Augusto Geremias
1   Grupo de Ombro e Cotovelo, Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
,
Antonio Carlos Tenor Junior
1   Grupo de Ombro e Cotovelo, Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
,
1   Grupo de Ombro e Cotovelo, Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
,
Rômulo Brasil Filho
1   Grupo de Ombro e Cotovelo, Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
› Author Affiliations
Further Information

Publication History

08 August 2017

21 December 2017

Publication Date:
29 October 2019 (online)

Resumo

Objetivo O presente trabalho teve como objetivo identificar parâmetros de segurança para a realização da via de acesso cirúrgico posterior da escápula por meio de um estudo transversal em cadáveres.

Métodos Foram dissecados 13 ombros de cadáveres sem história de cirurgia ou disfunção musculoesquelética prévia e em bom estado de conservação, com médias de idade, peso e altura de 70,1 anos, 61,5 kg, 1,64m, respectivamente. Identificou-se marco anatômico da via estudada (tubérculo infraglenoidal) e sua distância para os nervos axilar e supraescapular foi medida.

Resultados A distância média encontrada entre o tubérculo infraglenoidal (TI) e o nervo axilar (NA) foi de 23,8 mm e distância média do TI ao nervo supraescapular (NSE) foi de 33,2 mm.

Conclusão A via posterior pelo intervalo entre os músculos infraespinal e redondo menor é considerada segura; porém, é preciso atenção e cautela durante o afastamento muscular, devido à curta distância média entre o sítio de fratura e a localização do NSE e do NA. Tais precauções podem evitar maiores complicações pós-operatórias.

* Trabalho desenvolvido no Grupo de Ombro e Cotovelo, Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. Publicado Originalmente por Elsevier Editora Ltda.


 
  • Referências

  • 1 Ada JR, Miller ME. Scapular fractures. Analysis of 113 cases. Clin Orthop Relat Res 1991; (269) 174-180
  • 2 McGahan JP, Rab GT, Dublin A. Fractures of the scapula. J Trauma 1980; 20 (10) 880-883
  • 3 Thompson DA, Flynn TC, Miller PW, Fischer RP. The significance of scapular fractures. J Trauma 1985; 25 (10) 974-977
  • 4 Geel CW. Scapula and clavicle. In: Colton CL, Fernandez DellO' ca A, Holz U, Kellam JF, Ochsner PE. , eds. AO principles of fracture management. New York: Thieme: Stuttgart; 2000: 261-2
  • 5 Jones CB, Cornelius JP, Sietsema DL, Ringler JR, Endres TJ. Modified Judet approach and minifragment fixation of scapular body and glenoid neck fractures. J Orthop Trauma 2009; 23 (08) 558-564
  • 6 Cole PA, Dubin JR, Freeman G. Operative techniques in the management of scapular fractures. Orthop Clin North Am 2013; 44 (03) 331-343 , viii
  • 7 Salassa TE, Hill BW, Cole PA. Quantitative comparison of exposure for the posterior Judet approach to the scapula with and without deltoid takedown. J Shoulder Elbow Surg 2014; 23 (11) 1747-1752
  • 8 Jerosch J, Greig M, Peuker ET, Filler TJ. The posterior subdeltoid approach: a modified access to the posterior glenohumeral joint. J Shoulder Elbow Surg 2001; 10 (03) 265-268
  • 9 Wirth MA, Butters KP, Rockwood Jr CA. The posterior deltoid-splitting approach to the shoulder. Clin Orthop Relat Res 1993; (296) 92-98
  • 10 van Noort A, van Loon CJ, Rijnberg WJ. Limited posterior approach for internal fixation of a glenoid fracture. Arch Orthop Trauma Surg 2004; 124 (02) 140-144
  • 11 Barbieri CH, Mazzer N, Mendonça FH, Damasceno LHF. Fraturas da escápula. Rev Bras Ortop 2001; 36 (07) 245-254
  • 12 Pizanis A, Tosounidis G, Braun C, Pohlemann T, Wirbel RJ. The posterior two-portal approach for reconstruction of scapula fractures: results of 39 patients. Injury 2013; 44 (11) 1630-1635
  • 13 Longo UG, Forriol F, Loppini M. , et al. The safe zone for avoiding suprascapular nerve injury in bone block procedures for shoulder instability. A cadaveric study. Knee Surg Sports Traumatol Arthrosc 2015; 23 (05) 1506-1510
  • 14 Ball CM, Steger T, Galatz LM, Yamaguchi K. The posterior branch of the axillary nerve: an anatomic study. J Bone Joint Surg Am 2003; 85 (08) 1497-1501
  • 15 Shaffer BS, Conway J, Jobe FW, Kvitne RS, Tibone JE. Infraspinatus muscle-splitting incision in posterior shoulder surgery. An anatomic and electromyographic study. Am J Sports Med 1994; 22 (01) 113-120