CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2019; 54(01): 060-063
DOI: 10.1016/j.rbo.2017.11.004
Original Article | Artigo Original
Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Published by Thieme Revnter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Prevalência de sinais radiográficos de impacto femoroacetabular em indivíduos assintomáticos e não atletas[*]

Article in several languages: português | English
1   Escola Paulista de Medicina (EPM), Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
,
Murilo Gobetti
1   Escola Paulista de Medicina (EPM), Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
,
Anderson Yutaka Tatei
1   Escola Paulista de Medicina (EPM), Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
,
Guilherme Guadagnini Falótico
1   Escola Paulista de Medicina (EPM), Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
,
Gustavo Gonçalves Arliani
1   Escola Paulista de Medicina (EPM), Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
,
Eduardo Barros Puertas
1   Escola Paulista de Medicina (EPM), Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
› Author Affiliations
Further Information

Publication History

20 September 2017

06 November 2017

Publication Date:
01 March 2019 (online)

Resumo

Objetivo

O impacto femoroacetabular foi descrito como uma variação anatômica do fêmur proximal e/ou da borda acetabular, causa impacto na articulação do quadril. Uma parcela da população assintomática quanto ao quadril pode apresentar alterações radiográficas de impacto femoroacetabular. O objetivo do estudo é avaliar a prevalência desses sinais em indivíduos do sexo masculino assintomáticos e sedentários.

Métodos

Estudo clínico, observacional, primário, transversal, controlado. Foram selecionados 32 voluntários masculinos, de 18 a 40 anos, assintomáticos quanto ao quadril, sedentários, atendidos em um Pronto-Socorro de Ortopedia de Hospital Universitário. Todos fizeram radiografias anteroposteriores da pelve padronizadas. Foram analisadas as medidas de ângulo alfa, índice de retroversão, sinal da espinha isquiática e sinal da parede posterior.

Resultados

A média de idade foi de 29 anos (18–40). A prevalência de sinais radiográficos de impacto femoroacetabular com o uso do ângulo alfa de 67o foi de 53,1%; com o ângulo alfa de 82o, essa prevalência foi de 31,2%. A média do ângulo alfa foi de 67o (52,4–88,2o), 35,9% dos quadris foram classificados como limítrofes e 6,3% como patológicos. A média do ângulo alfa para o lado direito foi de 67,5o (52,5–88,2o) e para o esquerdo, 66,6o (53,1–86,9o). O índice de retroversão médio foi de 0,048 (lado direito – 0,044 e lado esquerdo – 0,052). O sinal da espinha foi positivo em 15,6% e da parede posterior em 20,3%.

Conclusão

O presente estudo demonstrou que a prevalência de sinais radiográficos numa população de homens adultos, assintomáticos e sedentários foi elevada (31,2%). O real significado clínico desse achado ainda carece de novos estudos.

* Trabalho desenvolvido no Escola Paulista de Medicina (EPM), Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, SP, Brasil. Publicado originalmente por Elsevier Editora Ltda. © 2018 Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.


 
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