Open Access
CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2019; 54(01): 064-068
DOI: 10.1016/j.rbo.2017.10.008
Original Article | Artigo Original
Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Published by Thieme Revnter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Fratura pantrocantérica: incidência da complicação em pacientes com fratura trocantérica tratados com parafuso dinâmico de quadril em um hospital do Sul do Brasil[*]

Article in several languages: português | English
Marcelo Teodoro Ezequiel Guerra
1   Serviço de Ortopedia e Traumatologia, Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), Canoas, Brasil
,
2   Serviço de Ortopedia e Traumatologia, Hospital Universitário de Canoas, Canoas, Brasil
,
Bruno Cornelios Leite
2   Serviço de Ortopedia e Traumatologia, Hospital Universitário de Canoas, Canoas, Brasil
› Author Affiliations
Further Information

Publication History

04 September 2017

19 October 2017

Publication Date:
01 March 2019 (online)

Preview

Resumo

Objetivo

Investigar a incidência de fraturas pantrocantéricas nos casos de fraturas trocantéricas tratadas com parafuso dinâmico de quadril em nosso serviço.

Métodos

Uma amostra de 54 pacientes com fraturas trocantéricas tratadas com parafuso dinâmico de quadril foi incluída neste estudo retrospectivo. Foram avaliadas radiografias pré-cirúrgicas para classificação das fraturas com o sistema AO/OTA, identificação de osteoporose radiográfica e mensuração da espessura da cortical lateral, enquanto nas imagens pós-operatórias imediatas foi avaliada a presença de fratura pantrocantérica.

Resultados

A amostra final apresentou a incidência de 16,7% de fraturas pantrocantéricas. A espessura da parede lateral foi significativamente mais baixa no grupo com a complicação (p < 0,001). Embora a incidência de fraturas classificadas como 31.A2 tenha sido maior no grupo com fratura pantrocantérica, a diferença não foi significativa (p = 0,456).

Conclusão

O percentual de fraturas pantrocantéricas nesse serviço encontra-se em acordo com trabalhos prévios. Houve associação entre espessura da cortical lateral e ocorrência de fratura iatrogênica da parede lateral. Não houve diferença significativa entre classificação das fraturas e fratura pantrocantérica, possivelmente devido ao tamanho da amostra.

* Trabalho desenvolvido no Hospital Universitário de Canoas, RS, Brasil. Publicado originalmente por Elsevier Editora Ltda. © 2018 Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.